Quando neste mesmo espaço deste jornal em 25 de Janeiro passado falámos na Feira de S. João foi na esperança de que o comércio local e os digníssimos feirantes partilhassem da sua aproximação física, do mesmo espaço expositor, fosse qual fosse a mercadoria a vender, mas tudo com regras de bom comércio e sã alegria. Tendo como objectivo fazer circular a riqueza possível entre os interveniente móveis e fixos. Dar uns dias diferentes à monotonia e marasmo da cidade.
Mas infelizmente não foi assim. Talvez por a autarquia não saber ou não ter argumentos para “puxar” os feirantes ou por estes fazerem o que querem da Cidade, “marimbando-se” para que a Guarda tenha uns dias diferentes do habitual.
No entanto, deve enaltecer-se que na feirinha do largo dos correios, havia duas bancas expositoras, uma de frutos secos e outra de ervas medicinais para todas as doenças, que além da quantidade e variedade, estavam bem expostas, assim como as pessoas de atendimento, que tinham bom aspecto.
Foi pena estarem metidas neste espaço e pecaram um pouco por não terem preços à vista.
Neste mesmo local houve apenas dois homens que deram uma lição aos padeiros da Guarda e demonstraram como se coze pão, bem ou mal, com ou sem chouriça, e como se ganha dinheiro. Neste pequeno pormenor está aqui uma falta de bairrismo e de entusiasmo da nossa autarquia em entusiasmar as pessoas a produzirem e viver a data presente.
Uma coisa é certa e todos devemos estar de acordo em agradecer a S. João em ter aguentado os cavalos da chuva.
António Nascimento, Guarda