A Associação Distrital dos Agricultores da Guarda (ADAG) está descontente com o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) proposto para 2007-2013. Aquele organismo acusa o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) de não ter em conta as propostas e opiniões formuladas pelas organizações agro-rurais para o PDR e de «querer fazer aprovar pela Comissão Europeia um anti-PDR». A ADAG salienta ainda que houve uma redução de 97 milhões de euros, comparativamente à versão anterior, no total do investimento previsto para os seis anos. Por outro lado, acusa o MADRP de beneficiar o regadio do Alqueva, destinando cerca de 12 por cento do investimento para aquele fim, ou seja, 533 milhões de euros, o que é visto como uma «discriminação da agricultura familiar». A associação de agricultores também está preocupada com o facto das novas candidaturas às ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) ainda não terem sido abertas e, simultaneamente, pelas mesmas terem que ser feitas pela Internet. Por isso, a ADAG apela à tutela que obtenha da Comissão Europeia uma prorrogação do prazo para a entrega das candidaturas até 31 de Julho, «já que estão em causa cerca de 600 milhões de euros em ajudas aos agricultores».
