O Trigo Limpo Teatro ACERT estreia na sexta-feira (21h30), no Teatro Municipal da Guarda (TMG), a peça “25 de Abril: A Divina Surpresa”, sobre o legado da revolução e o centenário de Eduardo Lourenço.
Com reposição no sábado, o espetáculo foi criado para o encerramento da programação do centenário do nascimento do escritor e ensaísta e integra a programação do salão do livro “Guarda-Livros”, que começa também na sexta-feira. “25 de Abril: A Divina Surpresa” foi construído a partir de uma história escrita pelo guardense Pedro Leitão, sendo interpretado por atores do ACERT, do distrito da Guarda e também por participantes de um “workshop” realizado pelo Aquilo Teatro. Participam ainda o Grupo Coral de Maçainhas (Guarda) e do Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra). De acordo com o encenador José Rui Martins, a peça conta uma história ficcional, mas que se afasta do lugar-comum que caracteriza a Revolução de Abril. «Acompanhamos em S. Pedro a história de um povo proibido de sonhar e de uma rapariga que, vivendo as chagas da brutalidade e da repressão, busca forma de replantar o sonho através da lição retirada de um livro proibido que lhe chegou às mãos de forma inesperada», lê-se na sinopse do espetáculo.
Patente na Alameda de Santo André até dia 26, o Guarda-Livros” conta este ano com a participação de Adolfo Luxúria Canibal, Carlos Vaz Marques, Martim Sousa Tavares, Dealema, Samuel Úria, Pedro Lamares, Fernando Alvim, Fernando Alves, Maria João Avilez e Luís Freitas Branco. A segunda edição da atividade é dedicada à temática “Liberdade e Democracia” e terá uma área de exposição e venda de livros, conversas-concertos com Dealema, Samuel Úria e Leonor Baldaque, performances, debates, leitura de poemas e apresentações de livros, nomeadamente de autores locais como Jorge Margarido, Carlos Carvalheira e António Castro Guerra.