Ao quarto dia de protesto, a iniciativa “Professores na Campanha”, promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) passou pela cidade da Guarda. A concentração realizou-se esta quinta-feira no Jardim José de Lemos. A ação que está a percorrer todo o país durante o tempo da campanha eleitoral tem como objetivo «reclamar políticas e medidas que na próxima legislatura deem resposta aos problemas que afetam a profissão e que criam dificuldades à organização e funcionamento da escola pública» que, de acordo com a estrutura sindical, «é uma das maiores e mais significativas conquistas de Abril e da nossa democracia». Os problemas escolhidos «são aqueles que têm estado no topo dos protestos», sublinhou Mário Nogueira, responsável pela estrutura sindical. «Falta de professores, carreira docente, que inclui o tempo de serviço, mas não só, condições de trabalho, que incluem horários, aposentação e precariedade», são assuntos que a Fenprof pretende ver resolvidos na próxima legislatura. Mário Nogueira disse a O INTERIOR que «queremos aproveitar a campanha eleitoral para apresentar as nossas propostas e para que fique claro que seja qual for o governo que vier, as nossas reivindicações não se alteram», ou seja, «não serão umas se for o governo A e outras para o governo B». Outra questão sublinhada pelo Secretário-geral da Fenprof foi que a recuperação do tempo de serviço dos professores «é claramente um objetivo, mas não se pense que essa é a única reivindicação dos professores». Para além das reivindicações gerais que estão presentes nas várias intervenções «em defesa da escola publica» há uma tomada de posição, que será entregue aos partidos políticos em cada distrito.