PSD e CDS-PP vão coligar-se para concorrer às próximas eleições legislativas, a 10 de março, e europeias, em junho. A criação de uma nova “Aliança Democrática”- o nome das primeiras coligações celebradas entre sociais-democratas e centristas nos anos 80 – foi divulgada esta quinta-feira num comunicado conjunto dos dois partidos enviado a O INTERIOR.
«Os presidentes do Partido Social Democrata e do CDS-Partido Popular acordaram hoje propor aos órgãos nacionais dos respetivos partidos a celebração de um acordo político para a formação da Aliança Democrática, uma coligação pré-eleitoral com o horizonte do atual ciclo político, abrangendo as eleições legislativas e europeias de 2024», lê-se no documento.
Os dois partidos sublinham que este acordo está «em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025». PSD e CDS-PP comprometem-se a valorizar e acolher, entre outras, as ideias do “Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada”, divulgado na semana passada pelo PSD, e subscrito por «mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa» a apoiar um novo executivo liderado pelos sociais-democratas e pelo seu presidente, Luís Montenegro.
De acordo com a nota, a AD «propõe-se oferecer aos portugueses uma efetiva mudança política e de políticas», prometendo «muito mais ambição para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses». O acordo terá ainda de ser validado pelos Conselhos Nacionais dos dois partidos.