A instalação de meios mecânicos e o uso de transportes colectivos, complementados com parques de estacionamento na zona baixa da cidade, foram as soluções apontadas no “Workshop Mobilidade Urbana da Covilhã”. As sugestões foram apresentadas por alguns especialistas no âmbito do 3º Encontro Internacional Connected Cities, que decorreu entre segunda-feira e ontem com o objectivo de debater as alternativas para retirar o trânsito do centro da cidade e melhorar a mobilidade urbana.
As propostas tiveram em conta os desníveis acentuados da Covilhã. A solução do meio mecânico consistirá na instalação de um teleférico, ou elevador, que seria complementado com um grande parque de estacionamento. Os cidadãos poderiam deixar ali as suas viaturas e aceder ao centro da cidade através destes meios. A outra também preconiza parques de estacionamento, mas defende a utilização de transportes colectivos de qualidade para fazer essa ligação, nomeadamente em mini-autocarros, por causa das ruas estreitas da cidade. Esta opção assenta ainda em restrições aos automóveis, através, nomeadamente, do aumento das tarifas de estacionamento no centro e de um acesso limitado apenas aos transportes públicos. Com isto, os especialistas acreditam que se promoverá uma mobilidade mais saudável e melhor qualidade de vida.
Para além das conferências, os covilhanenses puderam descobrir ou experimentar os “cybercars”, colocados à disposição do público na tarde de terça-feira, num percurso entre o Pelourinho e o Jardim Público. Trata-se de veículos autónomos, ecológicos e desenhados para pequenas viagens a baixa velocidade pelo Laboratório de Automática e Sistemas do Instituto Pedro Nunes, de Coimbra. O veículo usa a electricidade como fonte de energia e necessita apenas de uma rede “wireless” para funcionar. Pode transportar quatro pessoas e desloca-se a uma velocidade máxima de 10 quilómetros por hora.