Esta tarde, pelas 18 horas, foi inaugurada a exposição “Imaginários de uma vida” de Evelina Coelho, na sala com o nome da pintora no Museu da Guarda. A sala estava repleta de gente e a azáfama sentia-se logo à chegada ao Museu. Os três filhos de Evelina Coelho, João, Pedro e José Fonseca estiveram presentes e, o mais velho, José Fonseca, relembrou a «preocupação da pintora em dias de inaugurações».
«Lembro-me da equipa que ela fazia em conjunto com o meu pai. Era a mistura da artista com imaginação infindável, com o incondicional homem das matemáticas e ciências exatas – o meu pai. Talvez fosse por isso que funcionavam tão bem», explica. A preparação de qualquer inauguração era uma «azáfama» para a pintora, mas no momento da apresentação, Evelina Coelho «era um peixe dentro de água. Ela gostava de apreciar a sua arte nas galerias, como estamos a fazer agora, num sítio como este».
O presidente da Câmara da Guarda abriu a cerimónia de inauguração da exposição e começou por desabafar que é um «sortudo» porque no gabinete do Presidente da Câmara da Guarda há um «belíssimo quadro de Evelina Coelho e, por isso, lembro-me todos os dias dela». A par disto, Sérgio Costa sublinha que «a Guarda está inteiramente grata» à pintora natural de Vila Fernando, na freguesia da Guarda.
Thierry Santos, curador da exposição, sublinha que esta decorre numa «importante data porque daqui a uns dias faz 10 anos que a pintora nos deixou e, por isso, para nós é uma honra» expor os quadros de Evelina Coelho. A exposição vai estar na sala Evelina Coelho, no Museu da Guarda, até fevereiro do próximo ano e contém obras «desde os anos 60 até ao último quadro da artista, um quadro inacabado». É, portanto, uma «linha cronológica que nos permite ver a evolução de Evelina Coelho», acrescenta Thierry Santos.