“O Último Dia do Império e Outras Narrativas” é o segundo livro de Carlos M. Duarte em que o próprio relata os últimos anos da «presença portuguesa em Angola e os acontecimentos que levaram à sua independência».
O autor, com 81 anos, explica ter uma «relação afetiva com a região guardense» uma vez que casou com uma nativa de Aldeia Viçosa, «há já 53 anos». Distingue a região pela «tranquilidade e qualidade do ar» e recorda que visita várias vezes Aldeia Viçosa, onde o casal tem «amigos e casa». O livro “O Último Dia do Império e Outras Narrativas” divide-se em duas partes: a primeira inclui «uma narrativa histórica dos tempos que vivi intensamente em Angola, desde finais de 1969 a 1975», como se se tratasse de um relato jornalístico, enquanto que a segunda parte contempla «três contos de homenagem a Jorge Amado e William Somerset», escritores que inspiraram o autor do livro agora lançado.
Carlos M. Duarte já tinha lançado o livro “Moçambique – Aquartelamento AK-47” que retrata uma família residente na Beira Alta que sofre com a Guerra do Ultramar, «como quase todas as famílias portuguesas nos anos 60 e inícios de 70». Depois de 2018, Carlos Duarte conta a O INTERIOR ter estado «algum tempo parado em termos literários» até que resolveu voltar a escrever sobre os tempos da Guerra Colonial. Carlos M. Duarte passou a independência de Angola em Luanda e acabou por escrever «algumas notas e textos de ficção» nas quais decidiu pegar agora para completar com mais informações que, entretanto, lhe «ocorreram» ou alguém lhe «fez chegar».