A partir desta semana, a SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, um fórum de discussão e estudo de alternativas que é politicamente transversal, vai passar a ter na Guarda órgãos distritais que se irão empenhar em promover debates e estudos de que esta região precisa para definir o seu futuro.
A atual situação política do país, marcada por arrufos e reconciliações entre o Governo e o Presidente da República, marcada pela inconsistência das políticas apresentadas e pela ausência de alternativas credíveis, tornam hoje a SEDES, não só na Guarda, mas em Portugal inteiro, mais pertinente e mais necessária que nunca!
Formada por figuras oriundas de diferentes formações académicas, de diferentes estratos sociais, de diferentes atividades profissionais e de opções políticas diversas, o projeto SEDES, ao longo de meio século, empenhou-se em diagnosticar e em refletir o sentimento de amplas camadas da população portuguesa.
Ao fazê-lo, os seus membros procuraram sempre diagnósticos e soluções para os problemas políticos e para os desequilíbrios sociais portugueses através de uma visão liberal das relações sociais, da cultura, da política e da economia em Portugal. Em meio século, a SEDES teve sempre uma perspetiva de liberalização cultural e política como o melhor caminho para enfrentar o relativo imobilismo que Portugal mantém face ao ritmo das transformações que o mundo viveu nas últimas décadas.
Este é o ideário da SEDES, a qual vai passar a ter na Guarda um conselho distrital a partir desta sexta-feira, 31 de março de 2023. A posse aos novos órgãos vai ser dada pelo atual presidente da SEDES, Álvaro Beleza, o qual tem vindo a protagonizar uma liderança independente, transversal, aberta, inovadora e desafiante.
Álvaro Beleza tem-se distinguido pela defesa do robustecimento da democracia portuguesa e por uma sociedade civil mais forte e plural em Portugal. Esse robustecimento, porém, só será possível se o país conseguir encontrar a saída do labirinto do fraco desenvolvimento económico em que está encurralado há cerca de 25 anos.
A verdade é que é possível fazer melhor.
Essa margem de progressão aplica-se ao Governo atual (como se aplicou aos anteriores). Mas aplica-se, sobretudo, a todos nós, cidadãos, que tivemos a sorte de nascer ou de fazer a maior parte da vida num regime democrático, com Estado Social, com apoios europeus e num Estado de Direito.
Todos hoje temos condições para fazer melhor! A SEDES é um excelente fórum para partilhar esse esforço.
* Presidente distrital da Guarda da SEDES