A Assembleia Municipal de Pinhel aprovou por unanimidade uma moção que pretende ser um alerta para o estado da Saúde em Portugal e, em particular, no concelho de Pinhel, onde «o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde se encontra fragilizado e em sérios riscos de comprometimento». A sessão decorreu esta terça-feira.
No documento, já enviado à Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, a Assembleia pinhelense considera que «garantir um médico de família para cada português é também um desígnio, pelo qual, estes territórios de baixa densidade se têm batido ao longo das últimas legislaturas» e, por isso, a Assembleia Municipal de Pinhel deliberou «manifestar a sua posição de frontal recusa de todo este processo de encerramento e “esvaziamento” dos Serviços de Atendimento Permanente, que, considera ter como única finalidade a destruição do Serviço Nacional de Saúde por razões ideológicas e opção política».
O órgão deliberativo pretende participar «em todos os processos, ou decisões que digam respeito à organização e funcionamento dos Serviços de Saúde que servem a população do Concelho de Pinhel» e caso os seus pedidos não sejam atendidos admite «organizar e/ou participar em ações de protesto, ou outras que sejam consideradas adequadas à defesa dos interesses dos cidadãos, nomeadamente, o pedido de Audiência urgente ao Ministro da Saúde, caso se venha a revelar de interesse», apelando que aos «utentes, aos profissionais de saúde e suas estruturas representativas e à população em geral, para que intensifiquem a luta em defesa do SNS, contra o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde de Pinhel».