Usar a justiça como intermediário da política é um pouco a história do árbitro ser sempre o culpado do jogo da equipa. Se marcar muitos golos, uma equipa ganha independentemente da qualidade do apito. Na matéria da política o sistema internacional mergulhou num teatro bufo, de livre-arbítrio, de acusações vis. Pelo meio disto suja-se toda a gente. Queremos ganhar as eleições, ou provocar a sua repetição, em constantes litígios judiciários. Portugal não é exceção e deve haver muito abuso, muita falta de senso nas decisões, muita incompetência entre os correligionários escolhidos, mas não será toda a que se vê e sobretudo não do modo que os pintam. O povo rejubila do escândalo, os jornais ejaculam com vendas de faca e alguidar. Neste cenário não há atração para pessoas discretas, cultas, interessantes, ricas, com salários ótimos antes da política. Este é um problema do recrutamento dos partidos. A política é um lugar onde é fácil pisar o risco, mas nem todos puseram a mão na massa e nem todos precisam disso. O exemplo maior deste sistema de dedo em riste é a bajulação ao Bruno Nogueira e ao Ricardo Araújo Pereira, verdadeiros supositórios da má língua, vendedores do vitupério, milionários da ignomínia.
A política
“A política é um lugar onde é fácil pisar o risco, mas nem todos puseram a mão na massa e nem todos precisam disso. O exemplo maior deste sistema de dedo em riste é a bajulação ao Bruno Nogueira e ao Ricardo Araújo Pereira, verdadeiros supositórios da má língua, vendedores do vitupério, milionários da ignomínia.”