Economia

Crédito pessoal ou cartão de crédito: qual a melhor opção?

Mariana Rodrigues
Escrito por Efigénia Marques

Conheça as principais vantagens do crédito pessoal e do cartão de crédito e em que situação deve escolher cada opção.

O crédito pessoal e os cartões de crédito não são temas desconhecidos para a maioria dos portugueses. Ambos disponibilizam acesso fácil e rápido a financiamento de baixos montantes para fazer face a despesas inesperadas ou até mesmo concretizar sonhos e projetos. Mas sabe qual é a melhor opção para cada momento?

Neste artigo, explicamos em que consiste o crédito pessoal e o cartão de crédito e exploramos, de forma resumida, as principais vantagens destas duas formas de financiamento. Apresentamos também três diferentes contextos e qual a melhor opção para cada um.

Qual a diferença entre o crédito pessoal e o cartão de crédito?

Embora pareçam semelhantes, estas duas alternativas de financiamento são diferentes. O crédito pessoal consiste num empréstimo (habitualmente entre 200€ e 75.000€) que pode ter diversas finalidades (ir de férias, comprar um eletrodoméstico, fazer obras, etc…). É um empréstimo para uma única utilização, ou seja, conforme o cliente vai pagando as prestações mensais, o valor da dívida diminui e o valor não volta a ficar disponível.

No momento da contratação, é definida a taxa de juro e os prazos de pagamento. A taxa de juro é fixada de acordo com os valores em vigor. Os prazos de pagamento variam de acordo com o tipo de crédito e o montante, podendo ir de 12 a 120 meses. O pagamento da prestação mensal inclui a taxa de juro definida no momento da contratação, bem como todos os encargos adicionais.

Principais vantagens do crédito pessoal:

  • Permite obter um empréstimo de um valor mais elevado, ideal para projetos como renovações de interiores, formação académica, entre outros;
  • Aprovação e transferência rápida do dinheiro, com pouca papelada e burocracia;
  • A prestação pode ser reduzida aumentando o prazo de pagamento.

Já o cartão de crédito é um meio de pagamento eletrónico, associado à conta bancária, que disponibiliza, mensalmente, um valor que o cliente pode gastar. Conforme o saldo deste cartão é liquidado, o valor volta a estar disponível para utilização.

Os cartões de crédito podem ser pagos em parcelas (com um valor mínimo mensal e sujeitas a juros) ou na totalidade, dentro de um prazo definido, ficando assim este valor isento de juros. A maioria dos bancos cobra um valor anual pela renovação do cartão de crédito.

Principais vantagens do cartão de crédito:

  • Permite adiar o pagamento de despesas inesperadas, desde que de baixo valor;
  • O montante disponibilizado é renovável, bastando pagar o valor em dívida para que volte a ficar disponível;
  • Alguns cartões de crédito possuem benefícios como o cash back e descontos em parceiros e lojas aderentes.

Quando devo optar pelo crédito pessoal e quando optar pelo cartão de crédito?

A escolha por uma das opções depende da situação financeira e das necessidades de cada um. Examine os três exemplos apresentados abaixo e veja qual se assemelha mais à sua realidade:

Exemplo 1: Baixo valor, pagamento imediato.

A Luísa quer comprar um telemóvel novo. Já escolheu a marca e o modelo. Entretanto, a loja onde o vai comprar está a fazer uma promoção e o telemóvel fica por apenas 299€. Como não tem o dinheiro disponível (mas quer aproveitar a promoção), a Luísa compra o telemóvel com o seu cartão de crédito, para o qual tem um plafond de 1000€. Ao fazer o pagamento do valor na totalidade, assim que recebe o ordenado, a Luísa não terá de pagar taxas pelo valor emprestado e fica com o plafond total disponível, de novo.

Exemplo 2: Baixo valor, pagamento faseado.

A Liliana inscreveu-se num mestrado. Para acompanhar as aulas, vai precisar de um computador. Para o computador que quer comprar, precisa de 1500€. Com as mensalidades do mestrado, torna-se difícil para a Liliana pagar este valor de uma só vez. Para além disso, o seu cartão de crédito tem um limite de 1200€ – o que não cobre o valor do computador. Assim, a Liliana vai pedir um crédito pessoal e dividir o pagamento em 12 meses, para ser mais fácil gerir as finanças, todos os meses.

Exemplo 3: Valor elevado, pagamento faseado.

O Pedro quer fazer obras em casa. O orçamento é de 10.000€. O Pedro não tem dúvidas: vai pedir um crédito pessoal e pedir para pagar em 72 meses. Assim, faz as obras já e fica a pagar menos de 150€ por mês.

Com os exemplos dados, é fácil perceber que, para situações de baixo montante e com possibilidade de pagamento a curto prazo, a melhor opção é o cartão de crédito. Por outro lado, se precisa de um valor mais elevado e prefere ir pagando aos poucos, deverá optar pelo crédito pessoal.

Sobre o autor

Efigénia Marques

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