A Frulact, única empresa nacional a operar no sector dos preparados de fruta, está em «velocidade cruzeiro» para abrir a unidade no Parque Industrial do Tortosendo, na Covilhã, ainda no início de Março.
A ideia é que a empresa esteja a funcionar já nos primeiros dias do próximo mês, embora não haja ainda uma data definida «até porque os arranques nunca são matemáticos», disse a “O Interior” o administrador da empresa, João Miranda. O certo é que as «obras estão no bom caminho» para que a fábrica fique pronta para começar a laborar o mais rápido possível.
Com um investimento de 12,5 milhões de euros, o projecto deverá criar entre 40 a 50 postos de trabalho nesta fase de arranque e poderá evoluir até aos 140 «dentro de ano e meio, dois anos no máximo», adiantou João Miranda, para quem os problemas em contratação de pessoal estão já «ultrapassados». Recorde-se que, de acordo com as notícias tornadas públicas no ano passado, a empresa aguardava há alguns meses por uma resposta do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) quanto a um pedido de recrutamento de trabalhadores, no qual traçava o perfil pretendido, bem como sobre a possibilidade de se candidatar a alguns apoios para formar quadros especializados para a actividade. Uma resposta que tardou, pondo em “xeque” a reabertura da empresa, o que na altura mereceu duras críticas do edil covilhanense à estrutura estatal.
«Já está tudo resolvido com o Centro de Emprego e o processo continua a decorrer conforme o plano que tínhamos traçado», adiantou João Miranda, revelando inclusive que já houve «pessoas da região a ter formação na Maia». A fábrica, implantada num terreno com 40 mil metros quadrados, vai produzir preparados de fruta, destinados à indústria alimentar (lacticínios, gelados, pastelaria industrial, bebidas, entre outras), em especial para o mercado francês e Europa Central. Essa foi, aliás, a estratégia do grupo para implementar o investimento na “cidade neve”, dada a sua proximidade com a fronteira. Por isso, não há «lugar para dúvidas, nem erros» neste tipo de investimento, acreditando que este será um projecto «de referência em tecnologia a nível europeu». A nova fábrica vai estar localizada a poucos quilómetros da instalada na Ponte Pedrinha, em 1998, e recebe fruta e faz uma primeira transformação antes de serem produzidos os preparados.
Liliana Correia