A peça “Para que lado fica o amanhã?” estreia esta sexta-feira (21h30) no TMG, no âmbito do projeto de intervenção artística “Espíritos Livres”, dinamizada pela associação Terceira Pessoa no Estabelecimento Prisional da Guarda.
Dirigido por Ana Gil e Óscar Silva, a partir de textos de João Vário, Mário Costa, Rui Dias Monteiro e Yevgeny Vinokurov, o espetáculo foi cocriado e é interpretado por reclusos e reclusas, com o apoio do Programa Arte e Reinserção Social da Direção-Geral das Artes. Este trabalho aposta no teatro «enquanto ferramenta para o desenvolvimento de competências pessoais e sociais», sendo que a pergunta que lhe dá título sintetiza também a abordagem dramatúrgica do mesmo, refletindo e questionando sobre a especificidade particular do contexto dos participantes. “Para que lado fica o amanhã?” é, por isso, um espetáculo sobre «pessoas perdidas no tempo que no dia 22 farão uma pausa, para se encontrarem com o público no tempo presente», adianta a produção.
O processo criativo e metodológico foi documentado pelo realizador Tiago Moura desde o início e resultará num documentário cuja estreia está prevista para 23 de setembro, na conferência “Desenlear Pensamento” que o Estabelecimento Prisional da Guarda e a Terceira Pessoa vão realizar. A interpretação está a cargo de Alcindo Rocha, Alice Tavares, Ana Gil, Daniel Lopes, Elisa Marçalo, Horácio Figueiredo, Isabel Carromão, Marco Gonçalves, Mário Costa, Óscar Silva, Paulo Rainha, Rui Cunha, Teresa Mota, Tiago Fernandes, Vânia Carromão, Adelino Ribeiro, Paulo de Sousa, Rute Santos e J. Silva. Os músicos são Luís (teclas), Bruce (guitarra), Nuno Brás (baixo), Fábio Cárpio (guitarra) e Diogo Martins (voz e bateria).