A primeira edição do Guarda Wine Fest conquistou os guardenses e quem visitou a Alameda de Santo André, na cidade mais alta no último fim de semana. O destaque do evento foram os vinhos da Beira Interior, a que se juntaram alguns néctares do Douro e do Dão, num total de 41 produtores, mas também a gastronomia e a música contribuíram para o bom ambiente que se fez sentir nestes dois dias e na noite de sexta-feira.
Na abertura do certame esteve presente a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, que se mostrou «particularmente satisfeita» com a iniciativa porque «o desenvolvimento do nosso país faz-se com o poder local democrático». A governante aproveitou a ocasião para dizer que «a produção de vinho apurada no distrito da Guarda representa 6 por cento do total nacional», um número muito positivo para a região. Já Rodolfo Queirós, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), afirmou que este «é o primeiro ano e espero que seja o primeiro de muitos» – desejo que se veio a confirmar com a revelação por parte de Sérgio Costa, presidente do município guardense, de que haverá segunda edição do Guarda Wine Fest. «É um evento diferenciador porque, pela primeira vez, estão três regiões vitivinícolas a trabalhar em conjunto», sublinhou Rodolfo Queirós.
Durante os três dias, a programação não parou na Alameda de Santo André, com provas e conferências sobre vinhos, música, sessões de “showcooking”, dança e muito mais. Na maioria das opiniões, tanto dos produtores presentes, como dos visitantes, o evento foi um sucesso. Mafalda Carneiro considerou o Guarda Wine Fest «um evento importante para divulgar os produtores das regiões que se associaram à iniciativa», tal como Rui Santos, outro visitante, que afirmou que, «além do dinamismo que o evento traz ao território, também traz turismo e permite-nos apresentar a gastronomia e vitivinicultura da região».
«Já provámos vinhos fantásticos. Até queria levar uma caixinha ou duas, tenho pena de não ma terem vendido. Mas estou muito feliz, a Guarda é uma cidade fantástica», disse Rodrigo Costa, para quem a cidade mais alta «precisa de eventos como estes – e não só sobre vinhos».
Para os produtores, este também foi um grande fim de semana. João Rodrigues referiu ter sido «mais uma oportunidade de mostrar os vinhos. Uma primeira edição no pós-pandemia só podia correr bem. Todos queremos coisas novas e esta região, com o potencial que tem, só pode apostar nestas coisas e dar oportunidade aos produtores locais e vizinhos», disse o expositor. Por sua vez, Patrícia Minelli, do restaurante Desigual, partilha da opinião de muitos produtores presentes. O Guarda Wine Fest «é muito importante para mostrar os vinhos e fomentar o turismo». Esta é a opinião de Mário Alves, da Casa da Piasca, de António Gonçalves, da Garrafeira A Botelha, e de Ema Rodrigues, responsável de Turismo da Casa Ramos Pinto, segundo a qual «temos cada vez mais projetos de jovens enólogos que devem ter estes eventos para mostrarem os seus produtos».
No final, o balanço geral é bastante positivo. Rodolfo Queirós considerou que o evento superou as melhores expetativas. Em termos de qualidade, foi quase unânime que é uma iniciativa que veio para ficar na Guarda». É também essa a opinião do presidente da Câmara, Sérgio Costa, que referiu que «todas as pessoas com quem falei estavam maravilhadas». «Foi uma excelente ideia. Estamos muito satisfeitos com o evento. De facto, tomámos uma decisão e já está anunciada a próxima edição do Guarda Wine Fest» nos dias 14, 15 e 16 de julho do próximo ano», adiantou o autarca.
Guarda Wine Fest conquista guardenses e regressa em 2023
«É o primeiro ano e espero que seja o primeiro de muitos», afirma Rodolfo Queirós, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior