Sem pompa nem circunstância, o dossier da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura foi enviado por correio para a sede da União Europeia.
A opção foi confirmada pelo presidente da Câmara, segundo o qual «não estava preparada nenhuma festa, nem gastar mais dinheiro com divulgações». No final da reunião de Câmara desta segunda-feira, Sérgio Costa acrescentou que «só o trabalho da paginação e do design do dossier, do caderninho, custou a esta casa 20 mil euros, já tivemos que ser nós adjudicar. E a tradução custou qualquer coisa como 2.500 euros, tudo mais IVA», adiantando que só deu «seguimento ao que estava previsto». Não houve festa, mas o dossier foi apresentado pelo diretor-executivo da candidatura aos parceiros numa reunião realizada na semana passada. «Aguardemos pelas boas notícias que ambicionamos todos», sublinhou o autarca, admitindo que a candidatura já custou «muito dinheiro». Sérgio Costa comprometeu-se a falar dos números «a seu tempo» e voltou a lamentar que a sociedade e as instituições guardenses não tenham sido envolvidas no processo: «Se ganharmos, a Guarda vai ser toda envolvida porque queremos fazer cultura com os de cá. Temos que defender os que cá estão e não aqueles de uma cidade vizinha», criticou.
Para Chaves Monteiro, vereador do PSD, o envio por correio do dossier da Guarda2027 é «incompreensível» e acontece «na senda das declarações pouco abonatórias anteriores» do atual presidente da Câmara.