Cultura

Dielmar pede insolvência e coloca em causa 350 postos de trabalho

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Escrito por Efigénia Marques

A empresa portuguesa de vestuário Dielmar pediu insolvência esta segunda-feira depois de 56 anos de funcionamento.
Sediada em Alcains, no concelho de Castelo Branco, a unidade empregava cerca de 350 pessoas e, segundo a administração, uma das consequências para este pedido foi o impacto da pandemia no setor da alfaiataria devido às restrições implementadas no que toca à realização de casamentos e eventos sociais. A decisão coloca em causa as mais de três centenas de postos de trabalho. Entretanto, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, já comentou o caso e foi taxativo: «Não vale a pena por dinheiro fresco em cima de uma empresa que não tem salvação», declarou, garantindo também que a situação da Dielmar «já é acompanhada pelo Estado há mais de uma década».
O governante revelou ainda que a empresa recebeu «mais de oito milhões de euros em apoios públicos». Por outro lado, a empresa de confeção deve cerca de mais de 6,1 milhões de euros à banca e registava, em novembro do ano passado, uma dívida de aproximadamente 2,5 milhões de euros a fornecedores e de 1,7 milhões de euros à Segurança Social.
Já a administração da Dielmar assumiu, em comunicado, ter feito «um esforço imenso e solitário durante os últimos 16 meses» para conseguir manter os postos de trabalho. «A insolvência abrirá novas oportunidades que, terão certamente a mobilização e apoio do próprio Estado e da autarquia e, poderão proporcionar o ressurgimento da empresa e a manutenção dos seus atuais postos de trabalho», lê-se ainda no documento.

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Efigénia Marques

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