O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que «está em causa tratar e salvar a vida dos portugueses», mas que este é também um momento de «urgência económica, onde é preciso salvar empregos e os rendimentos e impedir que as empresas encerrem. Vai ser um trimestre muito duro».
António Costa anunciou esta noite que há uma «prioridade clara», a de «travar a incerteza e devolver a confiança» dos portugueses e das empresas. Na sua alocução ao país, o chefe do executivo afirmou que «seria irrealista apresentar um programa de lançamento de economia» e considerou «essencial que possamos garantir o emprego e evitar a destruição das empresas».
Nesse sentido, o Governo, que reuniu esta sexta-feira em Conselho de Ministros, aprovou «um conjunto de linhas de crédito que serão acessíveis às empresas e ao comércio, criámos condições para assegurar os trabalhadores não só emprego, como também a quem tem que ficar em casa com os filhos uma nova prestação que assegure o rendimento».
Outras das medidas adotadas são a criação de uma nova prestação social e o adiamento do pagamento de dois terços das contribuições sociais e também as entregas de IVA, IRS e IRC. «Serão três meses decisivos, até junho», avisou António Costa, que acrescentou que as linhas de crédito às empresas estão condiconadas à manutenção dos postos de trabalho.
Foi também decidida a suspensão do prazo de caducidade dos arrendamentos que viessem a caducar nos próximos três meses, enquanto o subsídio de desemprego e o complemento solidário para idosos serão prolongados por três meses.