Sociedade

UBI regista 1.300 novos alunos

Ubi
Escrito por Efigénia Marques

Universidade pretende abrir novas formações

Chegou ao fim a terceira fase de acesso ao ensino superior e a Universidade da Beira (UBI) Interior registou a entrada de 1.300 novos alunos. Com um grande crescimento de ano para ano, a UBI vai ganhando posições em grandes rankings internacionais devido ao ensino ministrado na Covilhã.
Para Mário Raposo, reitor da UBI, este crescimento e a chegada de novos alunos à “cidade neve” significa que «a universidade faz um bom trabalho e somos reconhecidos por ter um ensino de sucesso e qualidade a nível nacional e internacional e atraímos alunos em diversas áreas». A instituição voltou a esgotar quase todas das vagas atribuídas, apenas ficaram livres «em alguns cursos, mas sabemos que são cursos que têm matemática e física como provas de ingresso e há cada vez menos alunos a concorrer», justifica Mário Raposo. Contudo, esta situação é similar em todas as universidades do interior do país, uma vez que estas áreas têm maior taxa de ocupação no litoral, mas que na UBI é colmatada com a chegada de alunos internacionais.
«A UBI de facto é uma universidade que marca pela qualidade do ensino e isso tem permitindo captar cada vez mais e melhores alunos», sublinha o responsável. Com capacidade para acolher entre 9.500 a 10.000 alunos, a UBI não para de crescer e, segundo o reitor, isso significa «expansão de instalações, o que é uma questão política que tem de ser discutida com o Governo e com as opções que o país quer ou não fazer», afirma Mário Raposo. «Com esta atratividade de alunos nacionais e internacionais estamos a contribuir para atenuar a desertificação do interior e a combater o “inverno demográfico”», adianta, referindo que esta «é uma boa aposta», uma vez que a UBI tem sido capaz de demonstrar que «o dinheiro público aqui é bem aplicado porque os profissionais que formamos são ótimos em Portugal e em qualquer parte do mundo e isso é uma segurança para a sociedade e para todos aqueles que pagam impostos», considera o reitor.
As vagas lançadas anualmente pela A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior) não permitem um aumento nas licenciaturas da UBI, onde só os segundos e terceiros ciclos podem apresentar novas formações de forma a atrair alunos. «Temos de saber reinventar-nos, de procurar novas formações e dar respostas às necessidades do país e à evolução das empresas. Temos de estar atentos e é isso que a universidade tem vindo a fazer», destaca Mário Raposo, que quer abrir uma licenciatura em Direito. O estudo para a abertura desse curso «está a ser feito», mas essa aposta «exige ponderação e a contratação de recursos humanos altamente qualificados na área, que obedeça às exigências da formação do Direito. É um trabalho que está a ser feito e iremos propor a abertura no futuro», garante o responsável.
De resto, para colmatar algumas lacunas que não tornavam determinadas formações tão atrativas, este ano foi proposto e aprovado a abertura de um novo curso na área do têxtil., «A formação em Engenharia Têxtil já não era atrativa, analisamos o que havia a nível internacional e seguimos os padrões das melhores universidades europeias, tendo surgido o curso de Tecnologia de Moda Têxtil e Sustentabilidade», uma área que Mário Raposo espera que atraia mais alunos para o interior e para a UBI.

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Efigénia Marques

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