O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) desconvocou a greve agendada para esta sexta-feira por considerar que o motivo da paralisação, que pretendia pressionar o Governo a negociar soluções para estes profissionais, deixou de fazer sentido pois o Executivo está em funções de gestão».
Em comunicado, aquela estrutura sindical adianta que a greve destinava-se a pressionar o Ministério da Saúde a agendar uma reunião para «negociar soluções para os vários problemas dos enfermeiros», desde a contagem de pontos à reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior da Administração Pública.
A demissão do primeiro-ministro, na terça-feira, que foi aceite pelo Presidente da República, «determinou que o atual Governo deixasse de estar na plenitude das suas condições para governar. Ou seja, o Governo está ‘em funções de gestão», acrescenta o SEP. Estas novas circunstâncias, que levaram o Governo a desconvocar reuniões negociais agendadas com outras estruturas sindicais, «tornaram irrealizável o objetivo da greve decretada para dia 10 de novembro», conclui o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que avisa que os problemas da classe «vão agudizar-se e requerem soluções» e aproveita para apelar à participação dos enfermeiros na manifestação de sábado, em Lisboa e no Porto, convocada pela CGTP.