Sociedade

Requalificação do Pavilhão 5 é «necessária e oportuna»

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Escrito por Efigénia Marques

Deputado socialista António Monteirinho diz ser «completamente descabido investir cerca de 9 milhões de euros para fazer o Departamento da Criança e da Mulher e depois mandá-lo encerrar»

Os dois deputados do PS na Assembleia da República eleitos pelo círculo da Guarda foram inteirar-se do andamento das obras de requalificação do Pavilhão 5 do Hospital Sousa Martins.
No final da visita realizada na segunda-feira António Monteirinho, que esteve acompanhado de Cristina Sousa, constatou que os trabalhos estão a decorrer a «bom ritmo» e disse contar estar presente, «daqui a ano e meio», na inauguração do renovado edifício que vai acolher o Departamento da Criança e da Mulher da Unidade Local de Saúde (ULS) guardense. «É uma obra que os guardenses ansiavam há muito tempo e que é oportuna numa altura em que se fala no fecho ou concentração de blocos de partos», disse o deputado, para quem «será completamente descabido que alguém possa pensar que se investem cerca de 9 milhões de euros para fazer o Departamento da Criança e da Mulher e depois se mande encerrar». António Monteirinho reiterou que a Guarda «necessita e continuará a ter» a sua maternidade.
João Barranca, presidente do Conselho de Administração da ULS, admitiu ter ficado «muito surpreendido» com o andamento dos trabalhos, mas considerou que esta empreitada não será decisiva quanto ao futuro da maternidade. «É uma feliz coincidência, será uma ajuda, mas não depende disso porque a maternidade da Guarda dá resposta à população da cidade, do distrito e da região», declarou o responsável, acrescentando que o Hospital Sousa Martins tem «uma equipa estável na Obstetrícia, que trabalha bem, só que em determinadas alturas do ano, como nas férias do Verão, há alguns problemas na escala do bloco de partos. É previsível essas situações esbaterem-se a partir de agora e que a normalidade regresse ao serviço», assumiu João Barranca.
A requalificação do edifício hospitalar foi adjudicada ao Consórcio Alberto Couto Alves/IELAC por mais de 8,3 milhões de euros, IVA incluído. O objetivo é instalar ali o Departamento da Criança e da Mulher (DCM), que acolherá os serviços de Pediatria, Obstetrícia, Urgência Pediátrica e Obstétrica, Neonatologia e Ginecologia. Prevê-se que as obras estejam concluídas no Verão de 2023. Nesta visita, os eleitos socialistas ficaram também a saber da entrada de 13 novos médicos para os quadros da ULS, o que para o também líder concelhio é «sinal de que a nossa unidade hospitalar é atrativa para esses médicos». Contudo, as carências de especialistas persistem, tendo sido comunicadas à tutela «as nossas necessidades e estamos a trabalhar para cativar mais profissionais», referiu o presidente do CA. Quanto a obras, a requalificação do pavilhão António de Lencastre para acolher a USF “A Ribeirinha” deverá ser o primeiro a candidatar ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Seguir-se-á o Rainha D. Amélia, que albergará um centro de investigação dedicado ao envelhecimento ativo. «O centro de saúde de Seia será das obras primeiras a avançar brevemente com o lançamento do respetivo concurso e estão previstos outros investimentos nos centros de saúde de Trancoso, Mêda e Pinhel», adiantou António Monteirinho.

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