O PSD deu a mão a Sérgio Costa e viabilizou o orçamento municipal para 2025, no valor de 76,5 milhões de euros. Na segunda-feira, o executivo aprovou, por maioria, o documento com o voto favorável do movimento independente “Pela Guarda”, que governa em maioria relativa com três elementos, a abstenção dos três vereadores do PSD e o voto contra do único eleito do PS no executivo.
«Este orçamento é muito ambicioso e lança as obras que impulsionam um futuro mais inclusivo e mais sustentável na reabilitação urbana, no desporto, educação e no apoio social. Fiscalmente, é amigo das famílias guardenses. E tem subjacente cinco áreas principais: o equilíbrio financeiro, o investimento em infraestruturas, a captação de fundos comunitários, o reforço das áreas sociais e a promoção das atividades económicas, sem esquecer a cultura e o património», disse Sérgio Costa no final da reunião quinzena da passada segunda-feira. A requalificação das Avenidas de S. Miguel e Francisco Sá Carneiro e de outras ruas da cidade, a reabilitação do Bairro da Fraternidade, a ampliação da residência de estudantes na Rua António Sérgio, a construção de 51 habitações sociais nas Lameirinhas e 26 apartamentos na zona da Estação para habitação acessível, financiados pelo PRR, são alguns dos projetos que deverão avançar em 2025.
Já a regeneração urbana do Vale do Cabroeiro, que contempla a Alameda dos F’s, é a obra «mais aguardada nos últimos 30 anos» na cidade e vai envolver um investimento estimado de 12 milhões de euros, a financiar através de um empréstimo. «É uma obra que tem que arrancar forçosamente durante o próximo ano», garantiu Sérgio Costa, para quem todas estas empreitadas e projetos estão «em curso, foram adjudicadas, encontram-se em concurso ou em revisão», sendo que a Câmara está «a dar sequência ao que foi aprovado em reunião do executivo ao longo deste ano». Para os próximos anos estão cabimentados «47 milhões de euros em investimentos» na cidade e no concelho. «É o valor mais alto das últimas décadas», assinalou Sérgio Costa, que também destacou a continuidade dos apoios às coletividades, bombeiros e Juntas de Freguesia.
«No final deste mandato teremos transferido para as Juntas 6,3 milhões de euros, entre delegações de competências e contratos interadministrativos. É o mandato em que há maior investimento nas Juntas de Freguesia nos últimos 20 anos, garantiu. Além disso, há «mais de 10 milhões de euros de investimento no mundo rural para a reabilitação de infraestruturas danificadas pelos incêndios e intempéries de 2022, que somos obrigados a fazer para não perder 3,3 milhões de euros do Fundo de Emergência Ambiental». A Câmara quer ainda avançar com o estudo prévio para a construção da cidade desportiva e de um pavilhão multiusos. «Neste caso, foi feito um estudo de localização há uns anos e queremos dar-lhe seguimento e fazer um concurso de ideias que possa congregar os dois projetos», adiantou Sérgio Costa.
A viver este ano em duodécimos na sequência do chumbo do orçamento de 2024 pela oposição, desta vez o presidente da Câmara da Guarda «agradeceu» a mudança de posição do PSD, que se absteve. «É um ato de contrição. Os vereadores sociais-democratas emendaram a mão porque nós ensinámos no último ano como se governa sem orçamento aprovado», disse, acusando o eleito do PS, António Monteirinho, o único que votou contra, de «não saber, nem conhecer a fundo os projetos e os dossiers», mas também de estar «a deixar ficar mal o passado do PS na Câmara da Guarda» com uma argumentação «populista e impreparada»