Para o último sábado estavam agendadas manifestações em frente às Câmaras Municipais das capitais de distrito. Os protestos chegaram à cidade mas alta onde, apesar da chuva, os professores se reuniram em frente à Câmara Municipal. Os professores reclamaram «a municipalização do ensino, os vencimentos, a carreira docente bloqueada, a burocratização nas escolas, o número de alunos por turmas, as cargas de trabalho dos professores» e muitos outros problemas, explicou Ana Ribeiro, professora de Educação Física no Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque.
Rosa Marques, professora de Biologia na escola secundária Quinta das Palmeiras, na Covilhã, é natural e residente na Guarda e há 25 anos que faz a viagem até à escola diariamente. A professora afirma mesmo que «ando há 25 anos com o carro ao serviço do ministério» e sublinha que «há muitos professores na minha situação e há professores em situações bem piores e sem estabilidade».
As manifestações e greves de professores marcaram não só o começo de 2023, mas também a primeira semana de aulas do segundo período nas escolas. Para o dia 14, no próximo sábado, está agendada uma marcha em Lisboa na luta pela negociação com o Ministério da Educação. André Pestana, dirigente sindicalista dos STOP, Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, afirmou ao Diário de Notícias que «esperemos que o ministério tenha bom senso, porque se não o tiver, será um mês inesquecível ao nível das lutas sociais nas escolas».