Sociedade

Presidentes de Câmara estavam disponíveis para repartir presidência da APAL

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Escrito por Efigénia Marques

Os autarcas de Celorico da Beira, Guarda, Manteigas e Sabugal, anunciaram, durante a manhã de segunda-feira, poucas horas antes da reunião do executivo guardense, que estavam dispostos a repartir em rotatividade a presidência da empresa intermunicipal, apontando o início das operações da nova empresa para 1 de junho.
Foi a solução encontrada depois do nome proposto para liderar o Conselho de Administração da recém-criada APAL (Águas Públicas em Altitude) ter gerado controvérsia na última reunião da Câmara da Guarda. Recorde-se que os autarcas tinham proposto António Fernandes, presidente da Junta de Freguesia da Arrifana, mas a sugestão foi criticada e o visado pediu para ser afastado do processo. Os três vereadores do PSD e a vereadora do PS pediram mais esclarecimentos sobre as competências dos três elementos propostos, tendo o ponto sido retirado da ordem de trabalhos na reunião anterior. Questionaram também o facto de para a presidência da APAL ser proposto uma pessoa que não iria ocupar o lugar em regime de exclusividade.
Na conferência de imprensa, Sérgio Costa referiu que a solução encontrada foi a rotatividade da presidência da APAL pelos quatro autarcas porque «não existe plano B e não se pode brincar com este tipo de coisas». Pediu também para que «não fossem colocados em causa» os quatro presidentes de Câmara «porque nenhum município deve fazer qualquer ingerência em autarquias vizinhas». Também o presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano, mostrou-se descontente com a situação e lamentou que «as questões políticas se tenham sobreposto aos interesses do território». O autarca sublinhou a importância da nova estrutura e pediu para «deixarem os autarcas trabalhar», alertando que «a pior coisa que poderia acontecer é que este sistema não funcione».
O presidente da Câmara de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, disse «não compreender por que razão está a ser colocada em causa a escolha de pessoas que foi feita de forma criteriosa e responsável» e que os quatro municípios «estão com o mesmo espírito, oferecer um melhor serviço aos cidadãos». O autarca celoricense destacou ainda a importância de «ganhar escala» permitindo aos quatro municípios «aceder a financiamentos para novos investimentos». Outra das vantagens apontadas para a criação desta nova entidade foi o «combate às perdas», sublinhado pelo autarca do Sabugal, Vítor Proença. No caso do Sabugal, o problema representa 50 por cento da despesa com a gestão da água e saneamento.

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Efigénia Marques

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