O presidente da Câmara da Guarda quer que o Governo discuta com os municípios a transferência de verbas no âmbito das competências da Proteção Civil.
O apelo foi feito na semana passada por Sérgio Costa, à margem da cerimónia de entrega de metade dos apoios financeiros às três corporações de bombeiros e às quatro equipas de sapadores florestais do concelho. «Quanto é que o município da Guarda e os outros municípios do país recebem do Estado relativamente a estas competências de Proteção Civil? Zero!», declarou o autarca, para quem «sem a mochila financeira necessária, naturalmente que, no final do dia, são sempre as Câmaras e os seus munícipes a pagar». No caso da Guarda, a autarquia atribui anualmente 80 mil euros às equipas de sapadores florestais de Fernão Joanes, Valhelhas e da Associação de Criadores da Guarda – ACRIGuarda e 107 mil euros às Associações Humanitárias dos Bombeiros de Gonçalo, Guarda e Famalicão da Serra.
Sérgio Costa salientou que este apoio se soma aos 320 mil euros que a Câmara despende para suportar a parceria com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para o funcionamento de oito Equipas de Intervenção Permanente (EIP) nos três quartéis de bombeiros do concelho, num total de 40 elementos. «É um investimento muito grande da parte do município da Guarda que representa um compromisso inabalável. Estamos a falar de mais de meio milhão de euros anuais que investimos nesta área», considerou o edil independente, reiterando que a Guarda «é o município da região que mais investe “per capita” na Proteção Civil».