Sociedade

Politécnico da Guarda organiza maior evento de cibersegurança do interior

Ipg Organiza Maior Evento De Cibersegurança Do Interior
Escrito por Joaquim Brigas

“ Esta conferência internacional é o primeiro debate nacional sobre o impacto da nova diretiva europeia NIS 2 em Portugal a partir de outubro”, afirmou Joaquim Brigas. O impacto da Inteligência Artificial na segurança informática é outro tema.

“O Politécnico da Guarda distingue-se das restantes instituições de ensino superior nacionais – quer universitárias, quer politécnicas – pela prioridade e pela centralidade que dá às questões da segurança informática”, afirmou o presidente do IPG, Joaquim Brigas, na abertura da 5ª Conferência Internacional de Cibersegurança que decorre na Guarda entre os dias 8 e 9 de maio. Nesta edição da conferência, os temas principais são o impacto da Inteligência Artificial e a entrada em vigor, a partir de 17 de outubro de 2024, da nova diretiva europeia de cibersegurança NIS 2.
“Esta conferência no Politécnico da Guarda é o primeiro debate nacional sobre a importância de uma diretiva estratégica para a União Europeia e para Portugal: afeta milhares de empresas e organizações, afeta todos os organismos do Estado – e vai estar em análise naquele que se tornou no maior evento de cibersegurança do interior do país”, afirmou Joaquim Brigas
A NIS2 sucede à NIS (network and information systems), a diretiva com que a União Europeia condensou em 2020 a sua estratégia para a cibersegurança. Alarga o âmbito de aplicação a todas as entidades que prestem serviços ou que realizem atividades qualificadas como “essenciais”: banca, mercado financeiro, fornecedores e infraestruturas digitais, serviços TIC, saúde, serviços postais, energia, transportes, espaço, indústria transformadora ou as administrações públicas, entre outras.
“A NIS vai mesmo criar uma cultura de cibersegurança europeia e, quer em Portugal, quer nos outros países da União Europeia, quem não levar este desafio a sério vai, não só ficar exposto a todo o tipo de ataques, mas também a um quadro sancionatório muito pesado”, afirma Joana Mota Agostinho, a jurista que traz à 5ª Conferência Internacional de Cibersegurança o primeiro estudo de impacto em Portugal da NIS 2. Advogada do escritório Cuatrecasas especializada em Tecnologia e Meios Digitais e em proteção de dados, Joana Mota Agostinho sustenta que “a cibersegurança vai ser a grande questão estratégica da gestão de topo pública e privada nos próximos anos!”
Sobre o estado atual da cibersegurança na Península Ibérica irá falar, pelo lado português, Isabel Baptista, coordenadora do departamento de desenvolvimento e inovação do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS). Pelo lado espanhol, intervirá Miguel Ángel Cañada, responsável pelas relações públicas e estratégia do Instituto Nacional de Cibersegurança de Espanha (INCIBE). Ambos os responsáveis vão descrever as atividades que os seus organismos desenvolvem nos respetivos territórios nacionais.
“Face à relevância e avanços da Inteligência Artificial, esta 5ª edição da Conferência Internacional proporciona aos seus participantes a possibilidade de explorarem novas ferramentas muito inovadoras e realizarem exercícios de cibersegurança”, afirma Pedro Pinto, responsável pela área de Cibersegurança do IPG e um dos coordenadores da conferência. “Os workshops serão acompanhados por experts da Unidade de Computação Científica da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia”.

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Joaquim Brigas

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