Sociedade

Politécnico da Guarda cria unidade de tecnologia “blockchain”

Escrito por Carina Fernandes

Projeto resulta de uma parceria com a empresa tecnológica To Be Blockchain, liderada pelo guardense António Matias Gil.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) acolhe uma unidade da Rede Europeia de Blockchain (EBSI) para contribuir para modernizar a administração pública com recurso a protocolos “blockchain” e tornar-se num «centro nacional de competências desta tecnologia».

Segundo um comunicado do IPG, esta unidade é «pioneira no país» e contribuirá para tornar as bases de dados da administração pública portuguesa mais seguras e mais impenetráveis. Para tal, o Politécnico associou-se à empresa tecnológica portuguesa To Be Blockchain, liderada por António Matias Gil. «Vamos criar um centro de competências “blockchain” no IPG, integrado na rede europeia, onde iremos mostrar as vantagens de segurança desta solução tecnológica, orçamentar a sua implementação em diversos serviços públicos e capacitar os técnicos da administração pública para ligarem os seus atuais sistemas informáticos à blockchain», afirma o responsável pela empresa citado num comunicado do Instituto guardense.

Já o presidente do IPG também citado no mesmo comunicado, reconhece que a referida tecnologia está «em clara expansão e tem-se revelado bastante vantajosa em diversos setores de atividade, tanto públicos como privados». Para Joaquim Brigas, o objetivo desta parceria é posicionar o Politécnico «na vanguarda nacional desta solução tecnológica, tornando-o numa instituição de ensino superior especializada na transmissão de conhecimento “blockchain”, através de investigadores e de docentes altamente qualificados nas diversas áreas ligadas às tecnologias de informação e comunicação».

A tecnologia “blockchain” estrutura-se «a partir de bases de dados que funcionam em cadeias de informação criptografadas e descentralizadas, garantindo que qualquer partilha de informação ou registo de transações sejam efetuados de forma segura e permanente. O facto da informação estar distribuída em vários servidores dificulta a adulteração de qualquer dado», refere o IPG. A infraestrutura da Rede Europeia de Blockchain (EBSI) irá permitir criar «serviços públicos transfronteiriços e melhorar a forma como as empresas, os negócios e os próprios governos europeus funcionam», sublinha o Politécnico, segundo o qual «a ideia é criar uma estrutura resistente para o setor público que, ao longo do tempo, terá ligação com outras plataformas do setor privado, permitindo relações mais ágeis, menos burocráticas e mais transparentes entre todos os atores».

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Carina Fernandes

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