Sociedade

O que dizem os líderes das bancadas

Escrito por Jornal O Interior

Tiago Gonçalves (PSD)

«Assim que tomei conhecimento da marcação da Assembleia Municipal transmiti a minha discordância à sra. presidente por entender que a mesma contrariava as boas regras e exemplos em matéria de saúde pública. Apesar desta discordância, comuniquei que estaria presente por respeito à sua decisão. Porém, em virtude de acontecimentos posteriores, transmiti que não poderia estar presente por estar em Coimbra devido a assuntos pessoais. Sempre defendi e defenderei a unidade e integralidade do projeto apresentado aos guardenses em 2017. Tenho igual respeito e consideração por todos os que comigo foram eleitos nas listas do PSD naquela eleição. Não embarco, por isso, em visões maniqueístas que no meu entender só enfraquecem o projeto político do PSD. Apelo ao diálogo, à serenidade e ao bom senso para que o mandato decorra sem mais incidentes e concentremos os nossos esforços e energias na defesa intransigente dos interesses da Guarda».

 

António Monteirinho (PS)

«Iria participar, bem como todos os deputados do PS, porque nos foram garantidas as condições sanitárias necessárias para realizar a reunião, nomeadamente lugares reservados, microfones individualizados, entrega de máscaras e luvas, existência de gel desinfetante e garantia de distanciamento entre os intervenientes. A polémica que resultou da não realização desta Assembleia Municipal é só mais um capítulo do que tem acontecido na maioria PSD no executivo. Estou a falar da luta entre Carlos Chaves Monteiro, Sérgio Costa e Cidália Valbom pelo lugar de candidato à Câmara nas próximas autárquicas. Para o PS nada disso interessa, o que importa é revolver os problemas dos guardenses neste momento e no pós-pandemia».

 

Henrique Monteiro (CDS-PP)

«O CDS foi a primeira força política – e a única – a dizer que não participaria nesta sessão extraordinária da Assembleia Municipal, que era ilegal e violava de forma grosseira a regra do Estado de Calamidade que proíbe eventos com mais de 10 pessoas. Preocupamo-nos com o concelho da Guarda, com os guardenses e com a economia. Não nos incomoda que se perspetive o futuro da Guarda e concordaremos e participaremos nesta sessão extraordinária se for feita através de videoconferência. A pandemia exige prudência, bom senso, autodisciplina e respeito pelas regras estabelecidas pelo Estado de Calamidade. Os guardenses sabem suportar sacrifícios, mas não querem suportar contrastes e não querem aparecer como um mau exemplo para o país».

 

Marco Loureiro (Bloco de Esquerda)

«O Bloco de Esquerda não iria participar porque entendemos que não era necessária uma Assembleia Municipal extraordinária nesta altura, tendo em conta que daqui a duas ou três semanas poderá haver outra sessão, desta vez ordinária, e que não foi feita em abril. Nunca somos, nem nunca fomos, contra o debate sobre o estado atual da cidade e do concelho e o seu futuro, tendo em conta os efeitos sociais e económicos da Covid-19, pelo que esta temática pode ser debatida numa próxima AM. A polémica gerada não é mais do que um capítulo da guerra interna no PSD pela próxima candidatura à Câmara da Guarda».

 

Aires Diniz (CDU)

«Esta Assembleia Municipal extraordinária não era necessária, sendo melhor esperar algum tempo até a situação ficar mais clara após o desconfinamento progressivo a que assistimos. Ia participar por ser eleito da CDU, sendo convocado nessa qualidade. Aproveitaria para explicitar como a atual globalização criou falhas na organização da defesa da saúde, que tem de ter uma resposta assente na ciência médica e num poder democrático que tem de ser global, para estruturar respostas nacionais com estruturas humanas adequadas e condições materiais apropriadas».

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Jornal O Interior

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