Sociedade

Movimento independente dá lugar a associação cívica “Trabalhar pela Guarda”

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Escrito por Efigénia Marques

Organização liderada por Sérgio Costa foi constituída no passado dia 16 de maio no cartório de Celorico da Beira e tem no Conselho de Fundadores o seu órgão central

Está constituída a associação cívica “Trabalhar pela Guarda”, uma pessoa coletiva de direito privado, independente, sem fins lucrativos, cuja finalidade é «promover o estudo e o debate quanto aos problemas do desenvolvimento económico, social e cultural, bem como à organização e funcionamento das instituições públicas e privadas da área geográfica da Guarda».
É a formalidade que faltava para o movimento “Pela Guarda”, sob o qual Sérgio Costa se candidatou à autarquia e foi eleito presidente da Câmara em setembro passado, ganhar forma e conteúdo. A agora associação cívica foi escriturada a 16 de maio, no cartório de Celorico da Beira, na véspera do jantar que comemorou um ano do lançamento da candidatura independente à Câmara da Guarda e que juntou várias centenas de apoiantes e simpatizantes. São membros fundadores Sérgio Costa, Américo Lobo, António Pereira, António Júlio Aguiar, António José Terras Simões, Érico Pissarra Gomes, José António Pereira, José Valbom, Luísa Santos, António Mendes, José Relva e Tiago Saraiva Gomes. Entre os objetivos está a criação de vários «núcleos» temáticos, a organização de debates, cursos e colóquios, bem como a «análise de setores económicos, sociais e culturais» da Guarda para «equacionar e propor soluções».
De acordo com os estatutos, a que O INTERIOR teve acesso, a associação cívica tem sede no nº11 da Rua Miguel de Unamuno, na Guarda, podendo ser associadas todas as pessoas interessadas. No entanto, as candidaturas de admissão têm que ser apresentadas por «dois ou mais associados à direção», à qual cabe aprovar ou não o novo elemento. A organização é formada por «associados fundadores», associados «efetivos» e «honorários», neste caso pessoas que se destaquem no apoio à “Trabalhar pela Guarda”. Como órgãos sociais tem a Assembleia-Geral, a Direção e o Conselho Fiscal, cujo mandato é de quatro anos. Há ainda o Conselho de Fundadores, composto por 12 elementos e outros que venham a ser convidados por estes.
Segundo os estatutos, o Conselho de Fundadores, presidido por Sérgio Costa, é um órgão central no funcionamento da organização já que quatro dos seus elementos integram obrigatoriamente a direção. Compete ainda ao Conselho de Fundadores emitir pareceres e recomendações aos demais órgãos sociais e associados, bem como «nomear ou destituir» os mesmos ou os seus membros. O objetivo é «assegurar a manutenção do espírito fundacional» da associação cívica, lê-se nos estatutos.
É também desse órgão que sai a comissão instaladora da associação cívica “Trabalhar pela Guarda”, que permanecerá em funções até à tomada de posse dos órgãos sociais eleitos em Assembleia-Geral. Em termos de receitas, os associados estão sujeitos ao pagamento de uma «joia inicial» e de quotas, cujo valor vai ser definido em Assembleia-Geral.

«Este é um movimento que ninguém para»

Sérgio Costa garante o movimento independente pelo qual foi eleito para a Câmara da Guarda «veio para ficar», agora sob a forma de associação cívica.
«É muito mais que o Sérgio Costa, é a população da Guarda que quis demonstrar, a caminho dos 50 anos da democracia portuguesa, que está madura e nós temos que saber ouvir os sinais e por isso é que formámos a associação cívica “Trabalhar Pela Guarda”, para que possa valorizar os valores democráticos da nossa cidade, do nosso país», disse recentemente a O INTERIOR. O autarca lembra que a vitória do movimento “Pela Guarda” foi uma «surpresa», passadas «tantas e tantas eleições, onde só os partidos políticos estavam presentes e ganhavam», pelo que agora «temos que ser consequentes para que esta associação cívica, da qual todas as pessoas podem fazer parte, inclusivamente membros dos partidos políticos, ganhe corpo».
Sérgio Costa admite que esta constituição pode ter como objetivo preparar as próximas autárquicas, mas não só. «Há tanto trabalho a fazer, é um movimento que ninguém para. Os homens passam e a obra deve ficar e é isso que deve acontecer», sublinha, escusando-se a anunciar desde já que será novamente candidato em 2025. «Há tanta coisa que pode acontecer em quatro anos. O futuro a Deus pertence, vejam o que aconteceu em quatro meses no ano passado, quanto mais em quatro anos», ironizou o edil independente.

 

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Efigénia Marques

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