Está na rua um abaixo-assinado para recolha de assinaturas pela manutenção da maternidade do Hospital Sousa Martins, na Guarda, e pela defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A iniciativa é da União de Sindicatos da Guarda e de dois movimentos de cidadãos, o “Pela Saúde Não se aGuarda!” e “Defesa dos Serviços Públicos Guarda”.
A recolha de assinaturas vai ser feita até meados de fevereiro, nos 14 concelhos do distrito da Guarda que são servidos pelo Hospital Sousa Martins. Para o assunto ser discutido na Assembleia da República será necessário recolher cerca de 4.500 assinaturas, segundo o coordenador da União de Sindicatos da Guarda. José Pedro Branquinho afirma que o objetivo é «pugnar» pela continuidade da maternidade numa altura em que se aguarda pelo resultado final da proposta da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos para criação da rede de referenciação hospitalar em saúde materna e infantil.
«Este abaixo-assinado chama a atenção para os problemas que hoje temos no distrito e no concelho da Guarda em relação à qualidade dos serviços de saúde que são prestados», disse o sindicalista, defendendo que é necessário reforçar «algumas especialidades médicas que carecem de médicos e que põem em causa o funcionamento do Hospital Sousa Martins e a qualidade do serviço prestado», sublinhou José Pedro Branquinho. Para Sílvia Massano, do movimento “Pela Saúde Não se aGuarda!”, a possibilidade da maternidade da Guarda fechar nunca devia ter sido colocada. «Não sabemos, pelo menos não chegou ao conhecimento do movimento, se efetivamente a maternidade irá fechar ou não. Esperemos que não. Logicamente, que esperemos que não, mas queremos deixar ficar aqui uma marcação de posição da nossa parte, da parte de todos os movimentos que, se em situação futura, se isso sequer voltar a ser questão, nós estaremos cá outra vez, para manifestar a nossa indignação e a nossa posição contra esse assunto», garantiu.
Por sua vez, Catarina Costa, do movimento de “Defesa dos Serviços Públicos da Guarda”, lembrou que «a história recente» relacionada com o combate à pandemia mostrou que «só o reforço do SNS consegue responder às necessidades da população». O abaixo-assinado é dirigido ao ministro da Saúde, aos grupos parlamentares da Assembleia da República, aos deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda e ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde. No documento, refere-se que a população do distrito «não pode ser discriminada em relação ao país» e os subscritores nunca aceitarão «a previsão do encerramento da maternidade quando há obra com o investimento de mais de oito milhões de euros para a requalificação do Pavilhão 5 para a instalação do Departamento da Saúde da Mulher e da Criança».
Lançado abaixo-assinado pela defesa da maternidade da Guarda
Iniciativa é promovida pela União de Sindicatos da Guarda e pelos movimentos de cidadãos “Pela Saúde Não se aGuarda!” e “Defesa dos Serviços Públicos Guarda”