Sociedade

Joaquim Brigas contesta acusação e diz que antecessores pretenderam «sonegar informação»

Escrito por Jornal O Interior

Presidente e vice-presidente do IPG arguidos por acesso ilegítimo a contas de emails dos antecessores após tomar posse

A presidência do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) considera «incompreensível» que Joaquim Brigas e Carlos Rodrigues, presidente e vice-presidente, respetivamente, tenham sido constituídos arguidos e acusados de dois crimes de acesso ilegítimo a contas eletrónicas institucionais dos seus antecessores e de dois crimes de interceção ilegítima.

O caso prende-se com o cancelamento dos emails que Constantino Rei e Gonçalo Poeta Fernandes terão mantido após cessarem funções. No despacho de acusação, a que O INTERIOR teve acesso, o Ministério Público (MP) refere que Joaquim Brigas terá ordenado ao centro de informática do IPG para reencaminharem toda a correspondência do novo endereço de Constantino Rei para o endereço “presidente.ipg@ipg.pt”. Em janeiro de 2019, «também por ordens do atual presidente do IPG», mas «à revelia» de Constantino Rei, a nova conta de correio eletrónico do seu antecessor foi renomeada para oldemrei@ipg.pt, «endereço eletrónico criado para efeitos de arquivo», lê-se ainda.

Os mesmos procedimentos terão sido usados com o email de Gonçalo Poeta Fernandes. Uma versão dos acontecimentos que Joaquim Brigas já contestou em comunicado. «Tendo Constantino Rei, ex-presidente do IPG, cessado funções a 3 de dezembro de 2018, e tendo Gonçalo Poeta Fernandes, ex-vice-presidente, cessado funções na mesma data, foi manifestamente ilegal que tenham usado os emails de função que lhes estavam atribuídos pelo IPG depois de já não estarem no exercício dos cargos e de não terem nenhuma legitimidade para o fazerem», sustenta o presidente do Politécnico.

Joaquim Brigas acrescenta que «o facto de terem usado os endereços com as menções “presidente” e “vice-presidente – vp” depois de 3 de dezembro de 2018 foi, em primeiro lugar, um abuso de poder». No mesmo documento alega-se que foi, «também, uma forma de sonegar informação aos novos responsáveis pela presidência do IPG, uma vez que os antigos titulares continuaram a receber, e a guardar para si, a correspondência institucional que foi enviada para os endereços de cargos que eles bem sabiam já não serem titulares».

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