O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) pode juntar-se à rede que junta atualmente 23 instituições de Ensino Superior de Portugal e Espanha e beneficiar da «cooperação alargada» intrínseca a este consórcio. As negociações para a integração dos politécnicos da Região Centro no Conselho de Reitores das Universidades do Sudoeste Europeu (CRUSOE) decorreram esta terça-feira na Reitoria da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, local onde estiveram reunidos os responsáveis dos institutos politécnicos da Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Santarém, Tomar e Viseu.
O diálogo estabelecido não resultou ainda numa integração formal, mas «serviu para equacionar possibilidades concretas de trabalho, designadamente ao nível da mobilidade de investigadores, docentes ou de estudantes», de acordo com a UBI.
Joaquim Brigas, Presidente do IPG, afirmou à margem deste encontro que «a adesão dos politécnicos a esta rede é fundamental para o desenvolvimento dos territórios, particularmente aquele em que está inserido o politécnico da Guarda». O responsável disse ainda que o instituto e região onde se insere iria beneficiar com a «mobilidade de investigadores, de professores, de estudantes dos diversos graus de ensino» e com a «investigação alargada transfronteiriça», que passa a ser possível com esta integração. «O desenvolvimento da investigação aplicada e do território, pode traduzir-se na captação e na atração de pessoas, de empresas para este espaço», acrescentou.
Presente no encontro, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, reconheceu que «as instituições ligadas ao conhecimento têm um papel muito importante como motores de desenvolvimento dos territórios, até porque são agentes da coesão territorial». A presidir à reunião estiveram também o Secretário Executivo do organismo, Salustiano Mato, antigo reitor da Universidade de Vigo e António Fidalgo, Reitor da UBI, além de Rui Vieira de Castro, Presidente do CRUSOE e reitor da Universidade do Minho. Este responsável explicou que «o que é característico desta rede é a articulação forte que pretende garantir com as autoridades regionais», e assegurou que «foi muito gratificante verificar que os presidentes dos institutos politécnicos da Região Centro se reveem no programa da CRUSOE e estão disponíveis para uma colaboração intensa no futuro próximo».
O CRUSOE é constituído por universidades e politécnicos do Norte e Centro de Portugal, e das regiões espanholas da Galiza, Castela e Leão, Astúrias e Cantábria. É uma rede de cooperação «que tem o objetivo promover a investigação e inovação entre instituições, consolidar espaços de colaboração, refletir e trabalhar em projetos que apresentem soluções da macrorregião, incrementar a disponibilidade de conhecimentos e a mobilidade de profissionais», explica a UBI.
Sofia Craveiro