Sociedade

IPG cria curso europeu para motivar mulheres a empreender

Equipa Ipg Hertechventure
Escrito por Efigénia Marques

Universidades, fundações e empresas de cinco países, entre as quais o Politécnico da Guarda, vão fornecer mais competências às suas estudantes para que elas abram mais startups.

Um grupo de docentes e investigadores do Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai desenhar um curso para incentivar estudantes do sexo feminino que frequentam o ensino superior nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática a tornarem-se mais empreendedoras e a lançarem startups em diversas áreas de negócio. O IPG integra o projeto “HerTechVenture” que envolve universidades da Polónia, Itália, Espanha e Grécia, para além do IPG, a Fundação Educacional “Perspetivas”, da Polónia, e a consultora portuguesa Inova +, presente em cinco países europeus.
Liderado pelos polacos da Fundação “Perspetivas”, o projeto “HerTechVenture” tem como objetivo criar um ecossistema empreendedor comum ligado aos cursos de ciências e tecnologias das instituições que o integram, no qual aumente o número de estudantes mulheres a abrirem empresas. Neste consórcio, a tarefa do Politécnico da Guarda será criar um curso específico para estudantes femininas, paralelo às suas licenciaturas, nos quais estas adquiram competências que aumentem os atuais níveis de empreendedorismo das mulheres.
“A nível mundial, a percentagem de mulheres que captam investimento para criarem startups é de 2%, contra 98% de homens: na Europa e em Portugal a diferença é ligeiramente melhor, mas mesmo assim regista-se uma assimetria abismal”, afirma Teresa Paiva, docente e investigadora do IPG e uma das responsáveis pela iniciativa. “Neste projeto cabe ao IPG identificar quais as necessidades das estudantes mulheres para que o ecossistema empreendedor do ensino superior se torne mais inclusivo. Depois, definir uma metodologia para que elas adquiram as competências que lhes permitam capacitarem-se e, assim, terem mais condições para serem empreendedoras”. Segundo Teresa Paiva, isso será feito através da “estruturação de um curso que definirá quais são os conteúdos a lecionar”.
O curso que a equipa do Politécnico da Guarda irá construir será, depois, lecionado nas universidades da Polónia, Itália, Espanha e Grécia que integram o projeto, para além de no próprio IPG. O arranque do projeto está marcado para dia 14 dezembro, com uma conferência online na qual participarão todos os membros. Em fevereiro de 2024, a equipa do IPG irá ter uma semana de reuniões de trabalho na Polónia.
“A intervenção do Politécnico da Guarda neste projeto corresponde a um dos nossos grandes desígnios enquanto instituição de ensino superior: capacitar a população para as mudanças societais que é preciso operar; e qualificar o potencial humano do tecido empresarial que interage com politécnicos e universidades”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG. “A criação de um ecossistema empreendedor com mais mulheres entre o Politécnico da Guarda e universidades de vários países europeus irá beneficiar, a prazo, a região da Guarda e Portugal”.
Para além da Fundação Perspetivas, de Varsóvia, do IPG e da Inova+, o consórcio integra a associação “Estímulos para a Mudança Social” e a Universidade da Macedónia (ambos da Grécia), a Universidade de Salamanca (Espanha) e o Politécnico de Turim (Itália).

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Efigénia Marques

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