A idade normal de acesso à reforma vai descer, em 2023, para os 66 anos e quatro meses, recuando três meses face aos 66 anos e sete meses aplicáveis em 2022 em resultado da mortalidade trazida pela pandemia neste último ano.
Este recuo resulta da fórmula que compara a esperança média de vida aos 65 anos de vida nos dois anos e três anos anteriores ao pedido de acesso. Com base nos dados relativos a 2021 e 2020 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira, isso implicará em 2023 menos três meses de espera para a reforma.
Segundo o INE, o valor provisório da esperança média de vida aos 65 anos passou, no triénio terminado em 2021, para 19,35 anos, quando nos dados do ano anterior estava em 19,69 anos. Trata-se de um recuo neste indicador de longevidade de 0,34 anos, correspondendo a quatro meses «em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia Covid-19», refere o INE.
A pandemia reduz também o corte do fator de sustentabilidade das pensões antecipadas pedidas no próximo ano para 14,06 por cento.