Continuam as negociações para a manutenção da Dura Automotive em Vila Cortês do Mondego. Esta quinta-feira está prevista uma reunião entre o secretário de Estado da Internacionalização e a administração da multinacional norte-americana para se encontrar uma alternativa à saída do maior cliente da unidade do concelho da Guarda.
De resto, num gesto conciliador, os trabalhadores suspenderam a greve prevista para esta semana, numa decisão que foi elogiada pela Câmara da Guarda. «É uma boa decisão», disse Carlos Chaves Monteiro, para quem o que está em cima da mesa é «negociar o não encerramento» da fábrica de componentes para automóveis. «As partes envolvidas estão a trabalhar para que haja uma solução, o que é algo positivo. Esta empresa é como o sangue que nos corre nas veias, pelo que temos estado em contacto permanente com o Governo», acrescentou o presidente do município. Por sua vez, Cristina Correia destacou o «empenho» do Governo na tentativa de resolução deste problema.
Na semana passada, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu que o Governo «continua empenhado em facilitar a concretização de uma solução» para a Dura e que «os diversos cenários para o futuro» da unidade serão analisados numa reunião com a administração. «O secretário de Estado da Internacionalização e a representação diplomática de Portugal em Washington, nos Estados Unidos da América, realizou uma diligência junto da presidente do Conselho de Administração da Dura Automotive. Do contacto resultou a disponibilidade em analisar, em reunião a ter lugar nos próximos dias [esta quinta-feira], os diversos cenários para o futuro da referida unidade», adiantou a tutela em comunicados. Com mais de centena e meia de trabalhadores, a empresa vai perder, a partir de outubro, 60 por cento da sua produção com deslocalização do seu principal cliente para a Índia.
Câmara espera que Costa cumpra promessa
Nesta sessão, o executivo reagiu com agrado à declaração de António Costa de «descongelar» a segunda fase do Hospital da Guarda. Mas se Cristina Correia ficou «contente» e disse esperar que «avance», Carlos Chaves Monteiro mostrou-se mais cético: «Gostava que isso acontecesse, mas tenho algumas dúvidas», afirmou aos jornalistas no final da reunião. De resto, o edil guardense acrescentou não ter percebido se o secretário-geral do PS «se referia ao Pavilhão 5 ou à 2º fase no seu todo, mas se se concretizar será uma obra importante para a cidade». «Espero que cumpra essa grande promessa porque é uma aspiração de todos os guardenses e dos profissionais de saúde», concluiu.
Maioria e oposição convergiram relativamente aos resultados do IPG na primeira fase de acesso ao ensino superior. Cristina Correia admitiu que as colocações no Politécnico ficaram «aquém do que se esperava, de pelo menos chegar aos 50 por cento de vagas ocupadas», pelo que «a esperança» é que o Instituto guardense recupere na segunda fase. Também o presidente da Câmara está «convicto e esperançado» que o IPG poderá ver ocupadas «muitas das 373 vagas que sobraram porque cursos são os adequados».
Na segunda-feira, o executivo aprovou a abertura de um concurso público para a construção de habitações sociais na Rua dos Amores, de 108 mil euros, bem como um investimento de 210 mil euros na reabilitação energética de edifícios de habitação social. O município vai também investir mais de 306 mil euros na requalificação de diversos espaços públicos na cidade.