A Guarda comemorou esta quinta-feira o 25 de Abril com a evocação de Carolina Beatriz Ângelo, uma das suas mais ilustres cidadãs e primeira mulher a votar em Portugal.
A republicana e sufragista foi recordada por Maria João Fagundes, que falou das lutas da sua bisavó pelos direitos das mulheres e pela Educação. «Era uma mulher muito determinada que marcou a sua época», disse a bisneta, segundo a qual Carolina Beatriz Ângelo era «orgulhosa de ser mulher, republicana, médica e de ser da Guarda».
Maria Antonieta Garcia contextualizou o pioneirismo da sufragista e seus os esforços para conseguir votar. «Acreditava que podia mudar o país e a vida da mulher», disse a socióloga e historiadora, para quem Carolina Beatriz Ângelo protagonizou um «momento de esperança» para o movimento feminista e a «crença na luta pelos valores da república e da liberdade».
Os discursos políticos couberam a Cidália Valbom, presidente da Assembleia Municipal, que reclamou «políticas ativas de combate ao despovoamento do interior», sugerindo, nomeadamente, a atração de emigrantes e da emigração económica.
Por sua vez, no seu primeiro ato público, Carlos Chaves Monteiro considerou que a falta de coesão territorial tem «adiado o progresso do país» e que o atual modelo de representatividade dos distritos no Parlamento é «desadequado da realidade».
«O reforço do municipalismo e a implementação do processo de criação de regiões administrativas é o caminho necessário para a resolução dos problemas do interior e para o reforço da coesão territorial», disse o presidente da Câmara.
Carlos Chaves Monteiro reafirmou objetivo de «dar substância» à capitalidade regional da Guarda, «através da atração de serviços desconcentrados do Estado». O primeiro será a manutenção da sede do novo comando intermunicipal da Proteção Civil.
O edil guardense referiu também que, seis meses depois do seu anúncio pelo ministro da Administração Interna, «nada mais nos foi comunicado sobre a criação do Centro Nacional de Prevenção Rodoviária na Guarda», tendo afirmado que «protelar decisões não favorece o desenvolvimento local».
A manhã terminou com uma dramatização sobre Carolina Beatriz Ângelo por alunos da Escola Secundária da Sé (na foto). Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR.