O secretário de Estado Adjunto e da Saúde defendeu esta quinta-feira que as novas restrições para combater a pandemia no país serão a nível territorial e mais circunscritas, num modelo que ainda terá de ser estabilizado.
A dois dias de se realizar um Conselho de Ministros extraordinário (sábado) para definir as medidas de controlo da pandemia, António Lacerda Sales afirmou que «todos os países vão começar a adotar medidas de restrições a nível territorial, mais circunscrito», para que «outros territórios que não estão tanto sobre pressão possam respirar do ponto de vista económico e social»
Questionado se o Governo optará por ações localizadas ou se admite restrições nacionais como um novo confinamento geral, o governante referiu, numa entrevista ao podcast “Política com Palavra” do Partido Socialista e divulgada pelo “Diário de Notícias”, que «todos os países da Europa estão neste momento a tentar estabilizar num determinado modelo que pode comportar muitas variáveis».
Enumerando que essas variáveis são a incidência de casos nos últimos 14 dias, os novos casos confirmados por cem mil habitantes, as faixas etárias mais atingidas ou a pressão sobre os hospitais, Lacerda Sales defendeu que é preciso «estabilizar num determinado modelo, e obviamente que quanto mais uniforme conseguir ser esse modelo […] maior segurança e maior confiança será dada às populações».
Confrontado se esse modelo será de base concelhia ou distrital, o secretário de Estado disse apenas que deve ter «o consenso da grande maioria dos intervenientes» das áreas da saúde, proteção civil, das autarquias ou segurança social.