Sociedade

Falta de imunidade enche Urgências Pediátricas

Hospital
Escrito por Efigénia Marques

A procura pelas Urgências Pediátricas tem aumentado nos últimos dias, em comparação com o mesmo período em anos anteriores, e a Guarda não é exceção.
Tudo porque nestes dois anos pandémicos muitas crianças ficaram sem imunidade em relação a vírus habituais que causam infeções respiratórias fruto das medidas de contenção tomadas – principalmente a quarentena e o uso de máscaras. A explicação foi dada pelo pediatra Pedro Guerra, médico da Unidade Local de Saúde da Guarda. «O contacto das crianças com vírus e infeções não existiu durante um tempo prolongado e isto levou a que existam agora muitas delas sem imunidade prévia em relação a vírus habituais. Isto leva a que exista agora uma panóplia muito maior de crianças suscetíveis a apanhar vírus – que, apesar de comuns, podem dar complicações», justificou Pedro Guerra.
Atualmente há «uma circulação de vírus duas a cinco vezes maior que era habitual», por isso, o pediatra guardense recomenda que «sempre que os filhos estiverem doentes, os pais devem fazer o possível para não os levar ao infantário». O aumento da afluência às Urgências Pediátricas por esta altura era prevista em «setembro», isto porque os vírus respiratórios que costumavam circular «a partir da segunda quinzena de dezembro com maior intensidade, este ano circularam a partir de outubro», adiantou Pedro Guerra. O médico
Acrescentou que «a imunidade na população não deverá ocorrer tão depressa» e, por isso mesmo, «não nos devemos apresentar ao trabalho ou na escola quando estamos com sinais de infeção, nomeadamente febre».

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Efigénia Marques

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