Sociedade

Estudante de Seia vence prémio para melhor tese ibérica de mestrado em Ciências e Exploração Planetária

Escrito por Luís Martins

O senense Vasco Cardoso, aluno de mestrado em Astrofísica e Instrumentação para o Espaço, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), venceu o Prémio “Pedro Nunes” para melhor tese ibérica de mestrado em Ciências e Exploração Planetária, atribuído pela Europlanet Society.

A tese de mestrado, intitulada “Collisional Evolution of Jupiter Trojans”, teve a coorientação de Nuno Peixinho, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e do Departamento de Física da FCTUC, e de Paula Benavidez, professora do Departamento de Física, Engenharia de Sistema e Teoria de Sinal do Instituto Universitário de Física Aplicada às Ciências e à Tecnologia de Universidade de Alicante, Espanha.

Natural de Seia, Vasco Cardoso explica que «os Troianos de Júpiter são asteroides que povoam as regiões 60º à frente e 60º atrás de Júpiter na sua órbita em torno do Sol. Crê-se que sejam remanescentes dos primeiros dias do Sistema Solar e tenham permanecido nessas órbitas desde a sua captura. Mas há pelo menos seis famílias de asteroides nessas regiões indicando que sofreram muitas colisões desde a sua formação».

«Através de simulações em computador, foi possível estudar a evolução de colisões dos Troianos de Júpiter sob diferentes cenários de formação, dando mais um passo na compreensão da história da formação da Sistema Solar», revela o estudante numa nota da Universidade de Coimbra enviada a O INTERIOR. O Prémio “Abraham Zacut” para a Melhor Tese Ibéria de Doutoramento em Ciências e Exploração Planetárias foi atribuído a Jennifer Huidobro, da Universidad do País Basco.

Estes prémios têm o nome de astrónomos históricos de Espanha e Portugal, que viveram e trabalharam em ambos os países, servindo como modelos de sinergia e colaboração ibérica. As suas contribuições em astronomia e instrumentação desempenharam um papel fundamental na era das navegações marítimas e permitiram descobertas históricas de importância planetária.

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Luís Martins

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