O Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Coimbra deduziu acusação, em mais quatro processos, contra funcionários ou eleitos das autarquias da Mêda, Leiria, Pinhel e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) no caso das viagens à Turquia.
Todos estão acusados da prática de crimes de recebimento indevido de vantagem por, alegadamente, terem aceite estas viagens «com cariz predominantemente lúdico e recreativo». A investigação da Polícia Judiciária de Coimbra concluiu que a vantagem foi oferecida por uma empresa da área da prestação de serviços de informática «com pretensões em contratações no âmbito dos serviços em que os contemplados exerciam funções». Nesse sentido, foi já requerida a perda de vantagens. Os factos ocorreram em abril de 2015. O responsável da empresa é acusado de organizar um “encontro de utilizadores” em Istambul, na Turquia, dirigido aos líderes e responsáveis de diferentes municípios e organismos. A viagem de três dias, em que a firma gastou mais de 35 mil euros, tinha como objetivo, segundo a acusação, «cair nas “boas graças”» desses clientes «a quem pretendia vender os seus produtos e serviços». Nos anos seguintes eles foram adjudicados às autarquias pela referida empresa.
Eleitos e funcionários das Câmaras da Mêda e Pinhel e da CIMBSE acusados de recebimento indevido de vantagem
