Os bispos portugueses comprometeram-se a «criar instâncias de prevenção e acompanhamento em ordem à proteção de menores» nas suas dioceses e «atualizar as diretrizes aprovadas pela Conferência Episcopal em 2012», tendo em conta as orientações da Santa Sé.
Esta foi uma das conclusões saídas da última assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que terminou em Fátima na quinta-feira. Segundo o comunicado final desta reunião, os bispos refletiram sobre as orientações acerca da proteção de menores na Igreja, que decorreu em fevereiro no Vaticano, destacando os pontos principais do discurso do Papa Francisco. Para o CEP, a resposta eclesial deve ter as seguintes dimensões: «A tutela das crianças; a seriedade impecável; uma verdadeira purificação; a formação; o reforço e verificação das diretrizes das Conferências Episcopais; o acompanhamento das pessoas abusadas; a atenção pastoral ao fenómeno crescente dos abusos no mundo digital e no turismo sexual».
Há quatro padres condenados por abusos sexuais em Portugal. Os casos mais recentes são os do vice-reitor do Seminário do Fundão, condenado a 10 anos de prisão em 2013. Já o padre da Golegã foi condenado a 14 meses, com pena suspensa, em 2015. Também um padre em Vila Real foi alvo de uma condenação de 20 meses, em 2016, por estes crimes.