As condições do Mercado Municipal da Guarda (para vendedores e clientes) foi um dos temas em destaque na Assembleia Municipal desta segunda-feira. No meio desta troca de argumentos veio ainda à discussão o facto da câmara não ter Orçamento aprovado. O PG (Movimento P’la Guarda) continua a falar em constrangimentos, e os partidos da oposição consideram que, vistas bem as coisas, a autarquia não precisou da aprovação do documento.
A discussão começou quando Cláudia Guedes, deputada do CDS, apresentou uma recomendação sobre as condições da Praça, e criticou o facto do piso superior do mercado não estar a ser rentabilizado. Para além disso referiu que «no inverno o frio torna o espaço desconfortável, as infiltrações são inadmissíveis, no verão a exposição dos produtos à luz solar é excessiva pelo que os vendedores usam chapéus de sol, é recorrente maus odores proveniente dos esgotos, algumas grelhas estão em mau estado ou soltas, o mercado tem a pintura desgastada e decoração pouco atraente».
O deputado Miguel Borges, da bancada do PS, disse que os deputados socialistas «estão de acordo com a recomendação», e logo de seguida, Ricardo Neves de Sousa, em representação do PSD, associou-se à recomendação do CDS. Sobre esta recomendação do CDS, o deputado do Chega, Luís Soares, disse que não é apenas a Praça que precisa de obras «é também a Central de Camionagem». Entretanto José Valbom levanta-se da bancada do PG e, aos restantes deputados da Assembleia, desabafa que «melhores condições para o mercado sim, mas não dão condições de executabilidade visto que não se consegue ter um orçamento».
Na resposta, o presidente da Câmara da Guarda adiantou que o projeto para a requalificação do Mercado Municipal «está a ser elaborado» e acrescenta que será um investimento de «2 milhões de euros, no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão assinado com a Comunidade Intermunicipal». No que diz respeito à Central de Camionagem, Sérgio Costa assume que a anterior requalificação «não resultou» e descansa que a Câmara já está a preparar uma intervenção mais abrangente».