Sociedade

Castanheiro de Guilhafonso concorre a “Árvore do Ano”

Castanheiro Gigante De Guilhafonso Na Guarda Primavera
Escrito por Efigénia Marques

Com 530 anos, o castanheiro de Guilhafonso, no concelho da Guarda, está entre os dez finalistas do concurso “Árvore do Ano 2023”. As votações já estão a decorrer através do link https://portugal.treeoftheyear.eu/Trees/Tree-3.
O concurso é organizado pela Environmental Partnership Association com o objetivo de destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural de uma comunidade, «não se focando apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas». «O ano passado tentamos fazer a candidatura, mas já não fomos a tempo», revela Artur Lopes, presidente da Junta de Freguesia de Pêra do Moço, à qual pertence a localidade de Guilhafonso. Não é a primeira vez que o castanheiro gigante concorre, tendo sido candidatado a “Árvore do Ano 2021”, mas sem sucesso. Desta vez, o facto de estar nos dez finalistas «é um orgulho enorme para a Junta e para a população da freguesia. Estamos todos muito contentes, principalmente o executivo, porque estamos a tentar fazer o nosso melhor», acrescenta o autarca.
Artur Lopes considera que este tipo de iniciativas, juntamente com o trabalho que a Junta de Pêra do Moço faz ao longo do ano, é importante para a conservação das árvores e «para que não caduquem». Situado nas proximidades da EN 221, que liga a Guarda a Pinhel, o castanheiro gigante de Guilhafonso foi classificado em 1971 como de interesse público pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). É considerado o maior exemplar da Europa com 13 metros de perímetro do tronco – serão precisos pelo menos nove pessoas para o abraçar – e uma altura de 19 metros. Contemporâneo da era dos Descobrimentos, estima-se que este exemplar seja resultado da junção de dois castanheiros, cujos troncos estavam muito próximos e se foram fundindo ao longo do tempo. Entre os 10 finalistas estão ainda uma azinheira de São Brás de Alportel, um carvalho de Calvos (Póvoa do Lanhoso)), um eucalipto de Contige (Sátão), um metrosídero de Mafra, um plátano do Palácio Anadia, em Mangualde e quatro oliveiras de Casais de São Brás (Santarém), de Mouriscas (Abrantes) e de Lagoa. As votações terminam a 5 de janeiro.

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Efigénia Marques

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