Sociedade

Câmara da Guarda financia reabilitação do pavilhão Rainha D. Amélia

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Escrito por Efigénia Marques

Edifício histórico vai ser requalificado para acolher o Centro de Investigação Nacional do Envelhecimento e outros serviços

A Unidade Local de Saúde (ULS) e a Câmara da Guarda assinaram esta terça-feira um protocolo de colaboração para financiar o projeto de reabilitação do histórico pavilhão Rainha D. Amélia no Parque da Saúde. A parceria destina-se a permitir que o edifício possa vir acolher o Centro de Investigação Nacional do Envelhecimento e outros serviços.
João Barranca, presidente do Concelho de Administração da ULS, sublinhou que, com este acordo, «juntam-se esforços para trazer novamente dignidade a este edifício que representa muito para a cidade e nada melhor do que colocar ali o ensino e a investigação». Para o administrador, este foi um dia «fundamental para o futuro do Parque da Saúde», adiantando que o processo vai agora seguir os trâmites normais em qualquer reabilitação». Relativamente ao financiamento, João Barranca referiu que a ULS vai «tentar» uma candidatura à União Europeia e ao PRR. «É difícil dar um “timing” porque todos estes processos são muito demorados, têm muitos entraves no caminho. Dizer que seria um ano, dois, três cinco, não estaria a ser correto porque o projeto de reabilitação é complexo», sublinhou o responsável.
João Barranca também referiu que ainda não há estimativa de custos quanto à requalificação do pavilhão, enquanto o presidente da Câmara da Guarda lembrou ter desafiado a administração da ULS a «fazer algo» naquele espaço em ruína, depois de ter sido encontrada uma solução de ocupação e de financiamento para os restantes edifícios». Assim, Sérgio Costa revelou que a autarquia vai disponibilizar 150 mil euros para ajudar «a alavancar» o projeto: «É um grande feito que assinalamos hoje», considerou. O município também se compromete a ajudar a procurar financiamento para a obra. «Estamos a dar o primeiro passo, agora é necessário fazer o plano funcional, contratar o projeto de execução e depois irmos aos fundos comunitários. É um caminho que vai ser feito ao longo do próximo ano para ir de encontro às pretensões da cidade, da ULS e da Câmara da Guarda», acrescentou o edil.
À margem da assinatura do protocolo, João Barranca também abordou o processo do pavilhão D. António de Lencastre, que tem processo aberto para a realização do projeto com vista à instalação da USF “A Ribeirinha”, como noticiou recentemente O INTERIOR. «Neste momento estamos em instalações alugadas e não são, porventura, as melhores para o efeito, pelo que temos que preparar este edifício para receber essa Unidade de Saúde Familiar», disse o presidente do CA. As obras de manutenção também deverão avançar no edifício sede da ULS, que precisa de «uma intervenção urgente» e tem projeto concluído. «Estamos a aguardar respostas sobre o financiamento para podermos lançar o concurso para a obra», disse.
De resto, o administrador revelou que a prioridade neste momento é o Pavilhão 5, onde o segundo classificado do concurso público reclamou da decisão do júri interpondo uma providência cautelar contra a decisão de adjudicação. «Neste momento o processo está parado. Já pedimos celeridade ao juiz porque temos muita urgência que o processo decorra com toda a normalidade. Temos que fechar a obra durante 2023 e por isso pedimos o “interesse público” do projeto», referiu João Barranca. Já o edifício do serviço de Psiquiatria vai ser «aumentado e adequado às necessidades atuais», estando a ser estudada uma ligação física ao bloco hospitalar. «Vamos abrir o concurso e esperar que apareçam candidatos. Este projeto enquadra-se no PRR com um investimento de 1,5 milhões de euros», confirmou o presidente do CA da ULS.

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