Sociedade

Câmara da Guarda disponibiliza pavilhão de São Miguel para vacinação contra a Covid-19

Escrito por Jornal O INTERIOR

Executivo aprovou também, por unanimidade, a disponibilização de 1,2 milhões de euros para as freguesias através de acordos de cooperação

A Câmara da Guarda vai disponibilizar o pavilhão municipal de São Miguel para a vacinação contra a Covid-19 dos residentes no concelho com mais de 80 anos e pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, no âmbito da segunda fase do plano nacional de vacinação.

A decisão foi anunciada pelo presidente da autarquia na segunda-feira, no final da reunião quinzenal do executivo. «Ainda não há data para a vacinação começar na Guarda, mas consideramos que o pavilhão é o espaço que melhores condições oferece para o processo decorrer com toda a segurança», disse Carlos Chaves Monteiro, que já oficializou a cedência à Unidade de Saúde Pública da ULS guardense e ao comando distrital da Proteção Civil. «O pavilhão ficará disponível assim que estas entidades o solicitarem», acrescentou, revelando que o município também está disponível para assumir o transporte das pessoas a vacinar. Nesta sessão, o executivo aprovou, por maioria, a primeira revisão do orçamento para o ano corrente com a incorporação de 10,7 milhões de euros resultantes do saldo de gerência anterior (mais de 8,5 milhões) e de pagamentos dos fundos comunitários (cerca de 2,1 milhões) para os Passadiços do Mondego, para a resolução dos impactos provocados pelas intempéries “Elsa” e “Fabian”.

Os vereadores do PS votaram contra por considerarem que grande parte dessa verba deveria ser «alocada para as funções sociais» e para medidas de mitigação da pandemia da Covid-19, o que não acontece na sua opinião. «Quando temos rubricas, como outros, com uma dotação inicial de 790 mil euros e que serão reforçadas com mais de 2 milhões, um aumento de 2,5 vezes mais, isso significa que o executivo já se encontra em campanha eleitoral e sem capacidade de planeamento a longo e médio prazo», criticaram os socialistas.

Na segunda-feira, o executivo aprovou, por unanimidade, o programa “SalvaGuarda Rural”, no âmbito do qual o município vai celebrar acordos de cooperação com as 43 freguesias do concelho, atribuindo cerca de 30 mil euros a cada uma para as obras que considerem prioritárias em 2021. «É a primeira vez em sete anos que fazemos estes acordos com todas as freguesias, num investimento total de mais de 1,2 milhões de euros, para que possam dar resposta às suas necessidades e proporcionem mais e melhor qualidade de vida às suas populações», disse o presidente da Câmara. Os socialistas Cristina Correia e Manuel Simões concordaram com o apoio, mas estranharam que «só agora, por acaso ano de eleições», o executivo apresente este apoio, cuja forma de atribuição de verbas também consideram «incorreta». «Para algumas freguesias, 30 mil euros são “uma gota de água no oceano”, como no caso da Guarda, mas para as mais pequenas será excessivo no nosso entender», afirmaram.

Por sua vez, o social-democrata Sérgio Costa, vereador sem pelouros, considerou que esta medida foi feita «à pressa», uma vez que não foram identificadas as obras a realizar em cada localidade. «Mais quer parecer uma medida para cumprir os calendários de alguém», disse o eleito, para quem os presidentes de Junta viram as suas «expetativas defraudadas, depois de tantas reuniões e das promessas de milhões e milhões de euros» para obras nas suas freguesias.

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