Sociedade

Câmara da Covilhã abre concurso público para obras na Frei Heitor Pinto

Escrito por Jornal O Interior

A Câmara da Covilhã aprovou, na reunião do executivo da passada sexta-feira, a abertura do concurso público para a realização de obras na Escola Secundária Frei Heitor Pinto. A empreitada, aprovada com cinco votos a favor do PS e a abstenção dos dois vereadores da oposição, implica um investimento superior a 2,8 milhões de euros.
Segundo o vereador responsável pelo urbanismo, a intervenção fará uma «reabilitação ao nível de isolamento, portas, coberturas, introdução de sistemas antifogo e demais condições de segurança, bem como questões de equipamentos para as salas e de sistema de climatização». José Miguel Oliveira acrescentou ainda que 7,5 por cento do custo total dos trabalhos ficam a cargo do município, sendo o restante assegurado pelo Pacto Estratégico da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela. Na reunião o vereador do movimento “De Novo Covilhã”, Carlos Pinto, quis saber porque é que não foi dado seguimento ao concurso lançado há um ano e que acabou por ser cancelado. Também o eleito do CDS, José Luís Adriano, disse não perceber a diferença entre os valores anunciados há um ano e os atuais.
Na resposta, foi especificado que aos 2,8 milhões de euros tem de ser somado o IVA, o que fará crescer o investimento total para a verba apontada há um ano, sendo que esse primeiro concurso foi cancelado porque havia «lacunas de projeto e lacunas processuais que tiveram de ser resolvidas», justificou José Miguel Oliveira. Na sessão de Câmara, no período de antes da ordem do dia, um grupo de alunos daquela Secundária reivindicou a construção de um pavilhão multiusos, tendo José Miguel Oliveira respondido que a obra vai destinar-se exclusivamente a reabilitação dos edifícios escolares porque «o Ministério da Educação não deu abertura» para a construção de novos edifícios. Também o presidente da direção do Agrupamento de Escola Frei Heitor Pinto, Rogério Monteiro, esteve na sessão e, em declarações aos jornalistas, disse desconhecer o projeto para o qual foi aprovada a abertura de concurso.
Segundo apontou, a direção da escola só conhece uma versão, a qual também não se adequará às necessidades, nomeadamente porque não prevê um espaço multiusos que enquadraria um auditório e um espaço desportivo coberto. Críticas que José Miguel Oliveira rejeita: «Foi o Ministério da Educação que propôs ao município que realizasse um conjunto de obras de reabilitação na Escola Frei Heitor Pinto, mediante o que eram as necessidades que teriam sido elencadas pela própria escola, portanto nessa questão nós não fizemos parte da equação», afirmou o vereador. O eleito socialista acrescentou que o cronograma da obra será definido depois da sua adjudicação e em articulação com a escola.

Sobre o autor

Jornal O Interior

Leave a Reply