O novo presidente do Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda vai priorizar e resolver «o mais rápido possível» os dossiers que transitaram do anterior, como a construção do Pavilhão 5, mas por agora «o foco» é o combate à Covid-19.
«Neste momento o nosso esforço terá de ser para a pandemia. O que queremos é que a ULS consiga responder às solicitações diárias da sociedade e temos de ser capazes de o fazer com o plano elaborado pelo anterior CA e que tem quatro níveis de intervenção», afirma João Barranca, de 44 anos, que assumiu funções na segunda-feira. O gestor hospitalar remete para mais tarde a resolução das «diversas dificuldades» que a unidade guardense tem, como os recursos humanos ou as instalações: «São problemas que têm que ser ultrapassados à medida que vão surgindo», sublinha o sucessor de Isabel Coelho, que herdou «matérias bastante importantes que irão ser todas analisadas, priorizadas e resolvidas o mais rápido possível». No entanto, «neste momento esse não é o nosso foco», reitera João Barranca.
Em “banho-maria” estará por isso a requalificação do Pavilhão 5, que vai acolher a Unidade de Saúde Materno-Infantil: «É uma obra muito importante, que estamos a acompanhar, mas neste momento não sabemos o amanhã, temos de nos focar realmente no que é urgente», assume o presidente do CA, que diz sentir «a responsabilidade» de fazer avançar este e outros projetos que transitaram dos seus antecessores. João Barranca tranquiliza todos ao garantir que estes projetos «vão ser realizados», a começar pelo Pavilhão 5, que «já tinha sido dado o aval ao CA anterior, eu estou a dar continuidade ao trabalho realizado pelos meus antecessores e agora a dar início a um projeto de construção».
A O INTERIOR, João Barranca sublinha que veio para a Guarda para «tentar ajudar a dotar o hospital de condições para responder melhor à sociedade. Isso é que interessa». E acrescenta: «Se me perguntar se interessa construir isto, melhorar aquilo, eu acho que as pessoas merecem um hospital em que tenham confiança e que saibam que o seu problema vai ser resolvido. Isso passa por mais recursos humanos, pelas instalações, por tudo. Hoje [terça-feira] é o meu segundo dia na Guarda e ainda estou a inteirar-me desta realidade». Para já, o responsável considera que o Hospital Sousa Martins
tem uma «grande dificuldade» que resulta dos vários edifícios espalhados pelo Parque da Saúde. «Depois tem os diversos níveis de saúde, o hospital, os cuidados primários, e também é um grande desafio porque o importante é melhorar os canais de comunicação», refere.
Quanto a vantagens, João Barranca destaca o novo edifício que «faz inveja à maior parte, se não a todos, os hospitais nacionais porque tem umas condições fantásticas. Não temos só coisas más, temos muitas coisas boas e algumas menos boas que tem que ser limadas e melhoradas». Já sobre a composição do Conselho de Administração, o seu presidente responde que «todas as pessoas que aqui estão vieram pelas suas capacidades, não há diferentes sensibilidades políticas». Além disso, João Barranca esclarece que não houve «assim tantas» negas para a direção clínica dos cuidados hospitalares. «É normal porque quem assume um cargo destes não pode fazer privada, tem de assumir a função em regime de exclusividade e a maior parte dos médicos não está disponível e não se quer comprometer», justifica.