O léxico dos portugueses ficou mais rico com a entrada de 30 mil novos vocábulos na mais recente edição do Dicionário da Língua Portuguesa, apresentada no passado mês de abril, na Academia de Ciências de Lisboa. Palavras como vacinódromo, covid, ecoansiedade constam agora oficialmente da língua portuguesa.
Entre as novas entradas está também a palavra idadismo (nome masculino) que significa “atitude de discriminação e preconceito com base na idade” e tem como sinónimos as palavras discriminação etária e etarismo.
Mas mais do que uma palavra, o idadismo representa um movimento cívico de luta contra a terceira causa de discriminação mais comum no mundo. Em Portugal, este movimento é representado pela associação StopIdadismo, que desde a sua fundação, reclama a inclusão da palavra no Dicionário da Língua Portuguesa.
“A inclusão da palavra idadismo pode ajudar a que se reconheça este problema que continua a ser invisível e que afeta milhares de pessoas. Recordo que segundo a OMS, uma em cada duas pessoas é idadista em relação às pessoas mais velhas. Uma realidade que não tem nome é como se não exista, dificultando o seu conhecimento e um combate efetivo.”, afirma José Carreira, presidente da associação.
Inspirada pelo movimento espanhol StopEdadismo e pelo desafio da OMS #Aworld4allAges, a StopIdadismo nasceu em 2021 e, desde então, tem alargado o seu campo de ação e sensibilização. O crescimento da associação também tem assentado no estabelecimento de parcerias estratégicas das quais são exemplo a nomeação de Alexandre Kalache, Presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, como embaixador na Luta Contra o Idadismo, a integração na Aliança Global pelos Direitos das Pessoas Idosas (The Global Alliance For The Rights Of Older People – GAROP) ou a campanha solidária levada a cabo com a empresa nacional de aparelhos auditivos AudiçãoActiva.