Região

Trancoso quer atrair mais turistas com investimentos no castelo, no antigo Palácio Ducal e em Moreira de Rei

Escrito por Luís Martins

Para aumentar a atração turística e diversificar a oferta, a Câmara de Trancoso está a requalificar a maior necrópole rupestre da Península Ibérica, em Moreira de Rei, vai criar um centro interpretativo do castelo e o futuro Museu da Cidade no antigo Palácio Ducal, no centro histórico. Os projetos foram apresentadas esta sexta-feira à secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que visitou o concelho durante a manhã. 

Em Moreira de Rei, onde está a decorrer uma nova campanha de escavações arqueológicas, o investimento ultrapassa os 329 mil euros e contempla a requalificação da igreja de Santa Marinha, do largo envolvente e a criação de um centro interpretativo da necrópole que conta mais de 600 sepulturas antropomórficas. Segundo Amílcar Salvador, autarca de Trancoso, os trabalhos deverão estar concluídos «na Primavera/ Verão de 2021».

O mesmo prazo foi apontado para a requalificação do castelo, que está orçada em 331 mil euros, e vai incluir a criação de um centro interpretativo sobre a história deste Monumento Nacional, bem como a instalação de painéis de «leitura da paisagem» na torre de menagem e a criação de núcleos expositivos, entre outras iniciativas. 

Já o Palácio Ducal, datado de finais do século XVIII, vai acolher o futuro Museu da Cidade, cujo estudo prévio de arquitetura foi apresentado pela Universidade da Beira Interior (Covilhã). A intervenção vai representar um investimento «entre 1,5 e 2 milhões de euros», anunciou o presidente do município, para quem este é um «projeto ancôra» para Trancoso e o para o qual a autarquia vai apresentar uma candidatura a fundos comunitários.

No final da visita, a secretária de Estado do Turismo disse aos jornalistas que conheceu «boas ideias» por parte do município de Trancoso e acrescentou que os territórios do interior têm «imensos tesouros, muitos deles escondidos», que precisam de ser «trabalhados e animados» para atrair pessoas. Por sua vez, o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, reconheceu que estes três projetos são «apostas certeiras» para captar novos visitantes para a região.

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