Região

Situação epidemiológica volta a agravar-se na área da ULS Guarda

Gripe
Escrito por Efigénia Marques

À semelhança do panorama nacional, também na área de abrangência da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda o número de novos infetados com Covid-19 tem aumentado. Só em quinze dias foram diagnosticados cerca de 200 novos casos.
Apesar de se ter verificado esse aumento, «felizmente os casos não têm tido necessidade de internamento hospitalar. Alguns têm sintomas mais graves, outros vêm ao hospital por outras patologias, estão infetados e têm de ficar internados. Mas neste momento, por enquanto, mantemos algumas estabilidades a nível do internamento hospitalar», adianta Fátima Cabral, diretora clínica na ULS, em declarações a O INTERIOR. Segundo os dados fornecidos pela responsável, «neste momento temos 187 doentes infetados em domicílio, nove doentes internados, um deles em cuidados intensivos», sendo que o doente internado mais jovem tem 63 anos, o que contraria um pouco o contexto nacional, onde os mais afetados com a Covid-19 tem sido uma classe etária mais nova.
Sobre a possibilidade de a situação se agravar, Fátima Cabral considera que «é sempre uma incógnita. As pessoas têm de ter a noção que a infeção ainda não acabou, nós neste momento já temos todas as Estruturas Residenciais para pessoas Idosas (ERPI) com a terceira dose ou o reforço da terceira e continuamos a vacinar os mais de 65 anos para ver se conseguimos prevenir um pouco o aumento de casos». A diretora clínica para os cuidados hospitalares acrescenta que «já estivemos com uma incidência maior e reduzimos. Neste momento estamos com uma incidência abaixo da média da região centro e esperemos que não haja um aumento muito grande».
Quanto à vacinação, a médica garante que está a decorrer dentro da normalidade e que «nós estamos a fazer o esforço para que todas as vacinas que chegam até à ULS sejam aplicadas o mais rapidamente possível”». A conciliação da vacina contra a Covid-19 e a da gripe «está a correr bem, mas se houver falta da vacina da gripe fazemos a vacina Covid sem ser em simultâneo. Portanto nunca desperdiçamos a oportunidade de fazer a vacinação”, acrescenta Fátima Cabral. Segundos os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) da última sexta-feira, atualmente não havia nenhum município com risco extremo e apenas Penamacor estava classificado como de risco muito elevado–entre 480 e 960 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Com risco elevado (entre 240 e 480 casos) estavam a Covilhã (411, eram 423 na semana passada), Gouveia (243/ 275) e Mêda (393/ 284).
Belmonte (141/ 78), Fundão (208/ 219), Guarda (226/ 115), Seia (185/ 298), Trancoso (180/ 124) e Vila Nova de Foz Côa (125/ 93) estavam com risco moderado (entre 120 e 240 casos), enquanto Aguiar da Beira (43/ 22), Almeida (86/ 35), Celorico da Beira (72/ 58), Figueira de Castelo Rodrigo (107/18), Fornos de Algodres (66/ 44), Manteigas (0/ 67), Pinhel (36/ 0) e Sabugal (29/ 19) apresentavam risco baixo a moderado (entre 0 e 120 casos).

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Efigénia Marques

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